"E eu não espero que me vejam por dentro, desejo apenas que não me julguem pelo que veem por fora." (Monalisa Macedo)

















sexta-feira, 19 de março de 2010

AUSÊNCIA

Só eu sei o caminho que tive que percorrer pra chegar até aqui.
As pedras que encontrei ao longo da estrada.
As pedras que me atiraram e as que eu também atirei.
O medo que senti.
As noites de solidão que amarguei.
As lágrimas que derramei e tantas foram... Chorei o mar.
E ainda choro, me encontro sozinha, sem rumo, sem direção.
Olho ao meu redor e não vejo em que me apoiar, não vejo uma mão amiga.
Alguém que pudesse apenas me ouvir, me abraçar e dizer “estou com você, não precisa ter medo.”
Os dias parecem tão iguais, não há o que esperar.
Nada de novo acontece.
O medo ainda é visível, os meus fantasmas continuam aqui, só pra me fazerem lembrar as minhas fraquezas.
O meu dia começa sem brilho, a minha noite se transforma em vazio...
Acordo assim, com medo do que ainda poderá vir.
Ausência de sonhos, ausência de fé, presença da solidão.
Os anos passam correndo, mas os dias parecem intermináveis.
Quanto tempo faz? Onde foi que eu me perdi?
Onde e quando vou me encontrar? Será que encontrarei o que sonhei um dia?
Tantos sonhos perdidos, quantas fantasias jogadas pelo chão, quantas palavras ao vento.

segunda-feira, 8 de março de 2010

DESCOBERTA

COM O TEMPO DESCOBRE-SE TANTAS COISAS...
POR EXEMPLO, DESCOBRE-SE QUE NÃO PRECISA ESTAR DOENTE PRA SENTIR DOR;
SER FEIO, PRA SER REJEITADO; NÃO TER NADA PRA SENTIR-SE INFELIZ OU ESTAR SOZINHO PRA SENTIR SOLIDÃO.
OS DIAS PASSAM, PESSOAS VÃO E VÊEM, MAS A HISTÓRIA PARECE SER A MESMA. APENAS COM PERSONAGENS DIFERENTES.
O QUÊ EU AINDA NÃO VIVI?
O QUÊ EU AINDA NÃO SONHEI?
O QUÊ EU AINDA NÃO DISSE?
O QUÊ EU AINDA NÃO OUVI?
CADÊ A ORIGINALIDADE DA VIDA?
QUERO O QUE NÃO SE PODE EXPLICAR...