"E eu não espero que me vejam por dentro, desejo apenas que não me julguem pelo que veem por fora." (Monalisa Macedo)

















quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Ninho


Chega uma hora na vida de qualquer pessoa em que é preciso mudar. Mudar de endereço, de hábitos, de ares, mudar o corte de cabelo e mudar aquelas roupas que parecem já ter a forma  do corpo.
A vontade de mudar é grande e o medo dessa mudança também. O novo assusta por ser desconhecido e o velho assusta pela insegurança do amanhã, pela angústia de ser esquecido e deixado para trás...
Sinto que estou no limiar entre o novo e o velho. Ficar como estou eu não posso, mas dar um salto no escuro também não. Sinto-me perdida e estática, preciso me decidir. Mas para onde? Com quem?
A sensação é de passarinho sem ter ninho para posar, para voltar. Apenas as asas e a imensidão do céu...
Os ventos contrários e circunstâncias adversas me fadigam emocionalmente. Um ninho quente e acolhedor não seria nada mau. Um lugar para aquietar as minhas ansiedades, as minhas dores, os meus medos e as minhas lágrimas é tudo o que tenho desejado. Um lugar para chamar de meu...
Tem horas que é preciso sair do ninho, bater asas e voar, em outras, tudo que se quer é um lugar para descansar (...)

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A Síndrome dos 20 e tantos...


"Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Dá-se conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc. E cada vez desfruta mais dessa Cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco.
As multidões já não são ‘tão divertidas’, às vezes até lhe incomodam.
...
Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas. Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto e te achou o maior infantil, pôde lhe fazer tanto mal. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar, e isso assusta!

Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.

Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso.

De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.

O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse texto nos identificamos com ele. Todos nós que temos ‘vinte e tantos’ e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça…

Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16…

Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?"

(Autor Desconhecido)

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O poder do perdão



(do livro 50 histórias para aquecer o coração)

“Se você for paciente em um momento de raiva, irá escapar de cem anos de arrependimento.” (Provérbio chinês).
Em 1974, voltando da escola para casa no último dia antes das férias de Natal, eu pensava animadamente sobre o feriado vindouro, como só os meninos de dez anos conseguem sonhar. A algumas portas de distância de minha casa em Coral Gables, Flórida, um homem se aproximou de mim e perguntou se eu poderia ajudá-lo com a decoração de uma festa que ele estava dando para meu pai. Achando que era amigo de meu pai, concordei em ir com ele. O que eu não sabia era que este homem tinha ressentimentos contra a minha família. Trabalhara como enfermeiro para um parente idoso, mas fora despedido por causada bebida. Após eu ter concordado em acompanhá-lo, ele dirigiu seu trailer até uma área isolada ao norte de Miami, onde parou no acostamento da estrada e me golpeou várias vezes no peito com um furador de gelo. Então dirigiu para oeste, até Florida Everglades, levou-me até o meio dos arbustos, deu um tiro em minha cabeça e me deixou lá para morrer.  Felizmente a bala havia passado por trás de meus olhos e saído pela minha têmpora esquerda sem causar nenhum dano cerebral. Quando recobrei a consciência, seis dias depois, não tinha noção de que havia sido atingido por um tiro. Fiquei sentado no acostamento e fui encontrado por um homem que parou para me ajudar. Duas semanas depois descrevi a pessoa que me atacara para o desenhista da polícia e meu tio reconheceu o retrato resultante como o homem que me atacara. Meu agressor foi preso, junto com outros suspeitos. Entretanto, o trauma e o estresse haviam cobrado seu preço e não pude identificá-lo. Infelizmente a polícia não conseguiu recolher nenhuma prova física que o ligasse ao crime. Portanto, ele nunca foi acusado.
O ataque me deixou cego do olho esquerdo, mas não causou nenhum outro dano e, com o amor e o apoio de minha família e amigos, voltei para a escola e dei continuidade à minha vida. Durante os três anos seguintes, vivi com uma extrema ansiedade. A maioria das noites eu acordava assustado, imaginando que havia escutado alguém entrando pela porta dos fundos e acabava dormindo no pé da cama de meus pais. Então, quando eu estava com treze anos, tudo isso mudou. Uma noite, durante um estudo da Bíblia com o grupo jovem da igreja, percebi que a providência e o amor de Deus, tendo miraculosamente me mantido vivo, eram a base para a segurança de minha vida. Em Suas mãos eu podia viver sem medo ou rancor. E então eu o fiz. Terminei os estudos, recebendo o diploma de mestrado em Divindade. Casei-me com minha maravilhosa esposa, Leslie. Temos duas filhinhas maravilhosas, Amanda e Melodee.
Em setembro de 1996, o major Charles Scherer, do Departamento de Polícia de Coral Gables, que trabalhara na investigação original de meu caso, telefonou-me para me contar que o agressor, hoje com setenta e sete anos de idade, finalmente confessara. Cego por causa do glaucoma, com a saúde abalada, sem família ou amigos, ele estava em um asilo no norte de Miami Beach. Fui visitá-lo. A primeira vez em que fui visitá-lo ele se desculpou pelo que havia feito a mim e eu lhe disse que o havia perdoado. Visitei-o muitas vezes depois disso, apresentando-o à minha esposa e filhas, oferecendo-lhe esperança e uma certa sensação de família nos dias anteriores à sua morte. Ele sempre ficava feliz quando eu aparecia. Acredito que nossa amizade tenha diminuído sua solidão e era um grande alívio para ele, após vinte e dois anos de arrependimento. Sei que o mundo pode me ver como a vítima de uma horrível tragédia, mas eu me considero a "vítima" de muitos milagres. O fato de eu estar vivo e não ter nenhuma deficiência mental desafia as probabilidades. Tenho uma esposa amorosa e uma família linda. Recebi tantas dádivas quanto qualquer outra pessoa - e amplas oportunidades. Fui abençoado de várias maneiras. E enquanto muitas pessoas não conseguem entender como pude perdoá-lo, do meu ponto de vista eu não poderia deixar de fazê-lo. Se eu tivesse escolhido odiá-lo todos esses anos, ou passar a vida procurando vingança, então eu não seria o homem que sou hoje - o homem que minha mulher e filhas amam.

 

(Chris Carrier, entregue por Katy McNamara)

 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012



Poderia ter sido eu, poderia ter sido você. Quem vai saber?
Não adianta buscar os certos porque eles não existem.
Todos são culpados até estando certos, até amando, até sorrindo, até sendo bons...
A culpa não é nem de longe o sentimento mais infame ou menos nobre que o ser humano carrega dentro de si, não, não é!
Deixa como está, segue em frente. Aproveita o que foi bom. Leva contigo os beijos, os abraços, o riso fácil.
Jogue fora as tristezas, as mágoa, as decepções, a culpa (lá vem ela de novo...).
Talvez a culpa não seja nossa, não somos responsáveis pelo que não podemos controlar.
Você pode controlar o destino? Não, não pode!
Então é isso! Livre-se da culpa e seja apenas feliz, seja apenas você. Não se importe com o “se”. Deixe ele para trás também, apenas siga!


 
 
 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Eu vou tentar



Mesmo que eu esqueça tudo o que prometi, ainda assim eu vou tentar.

Mesmo que eu diga palavras que jurei não proferi, ainda assim eu vou tentar.

Direi algo doce para aplacar o amargor da palavra dura.

Mesmo que eu caia, ainda assim eu vou tentar.

Levantarei mais uma vez, limparei o joelho ferido, sacudirei o pó e seguirei em frente.

Mesmo que eu chore, ainda assim eu vou tentar.

Colocarei um sorriso no rosto e me fortalecerei para mais um dia que me espera.

Mesmo que os sonhos pareçam distantes, ainda assim eu vou tentar.

Continuarei sonhando e sorrindo, ao pensar que tudo o que eu espero um dia irá chegar.

Mesmo que as pessoas me traiam, ainda assim eu vou tentar.

Manterei por perto aquelas que ainda são de confiança e agradecerei por elas existirem.

Mesmo que os dias se tornem enfadonhos demais, ainda assim eu vou tentar.

Darei uma pausa em tudo que me aniquila e me esgota, renovando as minhas forças para continuar a caminhada.

Mesmo que a chuva, o sol e a sede me arrebatem, ainda assim eu vou tentar.

Regarei a sequidão, aquecerei o gelo e refrescarei a alma na esperança de que tudo irá mudar.

Mesmo que o amor se acabe, ainda assim eu vou tentar.

Darei importância ao que tem importância, serei feliz enquanto durar e guardarei o que foi bom.
 
E mesmo que tudo pareça contrário, ainda assim, eu vou conseguir!