"E eu não espero que me vejam por dentro, desejo apenas que não me julguem pelo que veem por fora." (Monalisa Macedo)

















quinta-feira, 28 de julho de 2011

Cinzas...




Essa música mexe muito comigo sempre que a ouço. Não pelo meu presente, mas pelo passado, um passado que já vai longe, mas que de vez em quando, ao soprar um vento mais forte, me traz um cheiro característico, cheiro do que se foi, cheiro do que morreu, cheiro do que se apagou, sim, um cheiro de cinzas...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sobre você


Eu poderia escrever sobre qualquer coisa, mas decidi escrever sobre você. É, sobre você mesmo! Ao som de Tom Jobim ♫ Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida eu vou te amar... ♫.
Sobre você que eu não conheci, sobre você que eu não me apaixonei, sobre você que eu não amei, sobre você que eu não encontrei, sobre você que não é a minha metade (ainda, ainda, ainda).
Escrevo sobre você que vai mudar os meus dias, a minha rotina, a minha maneira de enxergar a vida, a minha maneira de amar.
Escrevo sobre você que vai fazer de mim a mulher mais feliz do mundo, que vai fazer eu me sentir única em meio a tantas, que vai olhar em meus olhos e me dizer o quanto eu sou importante, o quanto precisa de mim apenas com esse olhar.
Escrevo sobre você que vai me ligar a qualquer hora, mesmo que no meio de uma reunião importante, só pra dizer que está pensando em mim.
Escrevo sobre você que vai contar as horas para que o dia termine logo, só pra poder voltar para nossa casa e dizer que sentiu a minha falta e dizer que sentiu saudades.
Escrevo sobre você que vai planejar o nosso fim de semana, que vai mandar flores no meu trabalho com um bilhete dizendo: só porque hoje é segunda-feira! Que vai me dizer: preparei uma surpresa pra você, só pra me ver ansiosa igual criança.
Escrevo sobre você que vai me abraçar nos dias de frio e me aquecer não só com o calor de um corpo, mas com o calor de um amor verdadeiro. Que vai me refrescar nos dias de sol com a refrescância dos seus beijos e com a suavidade da sua boca.
Escrevo hoje sobre você que ainda não vi, que ainda não senti, mas que imagino está bem perto, mais perto talvez do que eu possa julgar. Sobre você que vai me amar, me respeitar, ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte nos separe...





terça-feira, 26 de julho de 2011

O que eu fiz ontem só tem valor na minha memória ou talvez terá alguma consequência nos dias que ainda virão. Porque quando decidimos fazer algo ou deixar de fazer e voltamos atrás, sabemos que uma consequência virá. Pode ser a nossa consciência nos cobrando e nos acusando por não termos sidos firmes ou dependendo do que foi feito, algum rastro ficará para nos mostrar onde erramos.
Mas como seres errantes e vulneráveis que somos, estamos sujeitos a este tipo de variação de identidade e porque não dizer de pensamentos.
Somos frágeis e indecisos quando se trata de sentimentos, de envolvimento com outra pessoa.
Falamos o que não fazemos e prometemos o que não vamos cumprir, talvez como uma tentativa de defesa ou para sentirmos que estamos no controle da situação, quando na verdade, é exatamente o contrário. Agimos assim, quando estamos perdidos, tentando nos agarrar aquilo que for mais confortável pra nós, sem pensarmos se aquilo será bom ou ruim a longo prazo, ou sem pensar se teremos condições de manter essa postura por muito tempo.
Ontem eu errei, hoje eu sinto como se tivesse voltado a estaca zero, mas prefiro pensar que é melhor seguir de onde eu parei, é melhor continuar pensando como antes e não deixar que uma fraqueza aqui ou ali me desanime daquilo que estou disposta a fazer.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

"Ele se tornou apenas mais um homem que vai morrer. Porque algum dia esse homem vai morrer – como tantos outros, dentro de você."


Stella Florence


sexta-feira, 22 de julho de 2011

Pode ser triste ou não.
Pode ser alegre ou não.
Pode acontecer algo ou não.
Pode ser bom ou ruim.
Pode não ser pior do que está.
E pode não ser nada.

Meras expectativas para o fim de semana... :(


Sensações




Eu me perdi, perdi você
Perdi a voz, o seu querer
Agora sou somente um,
Longe de nós, um ser comum

Agora eu sou um vento só, a escuridão
Eu virei pó, fotografia, sou lembrança do passado
Agora sou a prova viva de que nada nessa vida
É pra sempre até que prove o contrário


Estar assim, sentir assim
Um turbilhão de sensações dentro de mim
Eu amanheço, eu estremeço, eu enlouqueço
Eu te cavalgado em baixo do cair da chuva,
Eu reconheço

Estar assim, sentir assim
Um turbilhão de sensações dentro de mim
Eu me aqueço, eu endureço, eu me derreto, eu evaporo
E caio em forma de chuva, eu reconheço
Eu me transformo

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Você precisa aprender...




Você precisa aprender que a felicidade não é obra do destino. Ela é uma escolha que devemos fazer.
Que não se deve culpar os outros por sua infelicidade, pois a sua vida é uma empresa e o glamour ou o limbo dependem da sua administração.
Que dizer “não posso”, “não dá”, “não consigo” antes de tentar é sinal de incapacidade e de autodesprezo.
Que certos momentos na vida são mais importantes que muitos anos vividos e que por isso alguns instantes devem ser muito bem valorizados.
Que os sábios aprendem com os erros alheios e se tornam mestres com seus próprios erros.
Que amar não significa aprisionar alguém, mas deixá-la livre sempre para que volte com a certeza de que deve ficar.
Que aceitar as diferenças alheias é a melhor forma de sermos aceitos com as nossas imperfeições.
Que crescer na vida não significa apenas comemorar mais um aniversário, mas comemorar cada dia vivenciado.
Que em certas ocasiões quem cala fala mais alto.
Que trabalhar não significa só ganhar dinheiro ou ter uma ocupação.
Que amigos a gente conquista quando mostramos o que realmente somos e os verdadeiros amigos são aqueles que conhecem como é feio o nosso avesso e ainda assim permanecem conosco.
Que a maldade não se esconde só nas coisas feias. Que isso significa julgar aparências.
Que quando achar que sabe tudo, você acaba de dá o primeiro passo para a sua ignorância.
Que quando você achar que é o melhor, começa aí sua primeira derrota.
Que nosso ser é livre, por isso não se deve ser algoz dos outros.
Que nossas ações nos conectam a outras pessoas e uma vez feitas falarão do nosso caráter e modificarão o ambiente de convivência.
Que se deve acreditar no impossível, pois tudo é impossível até que alguém o faça...
Que sonhar é necessário, pois o sonho é motor que move a vida.
Que devemos lutar pelo o que queremos e não por aquilo que os outros acham que é o melhor para nós.
Que tentar não significa conseguir e nem sempre conseguimos. Porém aqueles que conseguiram são porque tentaram.
Que se deve aceitar quem você é e a partir daí saberás traçar seu próprio caminho e nas curvas desta senda encontrarás alguém que goste de ti do jeitinho que és.
Que não há heróis. Existem pessoas fortes e comuns que encaram os desafios assumindo as conseqüências.
Que amar a si é o primeiro passo para aprender amar ao próximo e que o amor não é uno, ao passo que podemos amar desmedidamente várias pessoas.




Texto de um amigo meu,
Joelson R. dos Santos
20/07/2011



Uma carta de desamor


Me desculpe por ter tomado a iniciativa. Me desculpe por ter escrito. Me desculpe por ter ligado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por ter dito sim. Me desculpe por ter gemido. Me desculpe por ter gozado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelos machucados que sua ex deixou em você. Me desculpe por eu ter vindo logo atrás dela. Me desculpe por querer entender seu silêncio. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu não ter usado máscara. Me desculpe por desejar alguma intensidade. Me desculpe por desejar. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelo que foi ruim. Me desculpe pelo que foi bom. Me desculpe pelo atrevimento de supor que eu merecia o que de bom aconteceu. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu ter tirado a roupa. Me desculpe por eu ter mostrado meu corpo. Me desculpe por eu ter gostado de mostrar meu corpo. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu ter escrito coisas lindas para você. Me desculpe por você não ter entendido um terço do que eu escrevi. Me desculpe por você ter me achado ousada demais. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por, em algum momento, eu ter te amado. Me desculpe por, em algum momento, eu ter te achado bonito. Me desculpe por, em algum momento, eu ter me achado bonita. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelos seus erros de português. Me desculpe pelos erros de português da sua nova namorada. Me desculpe pela sua nova namorada achar margarida uma flor pobre. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por você torcer para o Botafogo. Me desculpe se uma barata entrar na sua cozinha algum dia. Me desculpe pelos 130 km de congestionamento em São Paulo agora. Me desculpe por eu ter voz.
Mas, sobretudo, me desculpe por pedir essas ridículas, inúteis e dolorosas desculpas. Que, naturalmente, não são para você, afinal, porcos não reconhecem pérolas.

* Texto adaptado (algumas palavras foram trocadas).

Uma carta de Stella Florence (mas que poderia ser minha ou sua, sobre qualquer porco que já tivemos o desprazer de conhecer um dia!)

De vez em quando


De vez em quando eu vou te abraçar, só pra sentir o seu cheiro.
De vez em quando eu vou te ligar, só pra ouvir a sua voz.
De vez em quando eu vou te mandar uma mensagem, só pra dizer o quanto estou com saudades.
De vez em quando eu vou aparecer na sua frente, só pra você lembrar de mim.
De vez em quando eu vou me permitir lembrar os nossos momentos, só pra poder me sentir feliz de novo.
De vez em quando eu também vou lembrar do que me deixava triste, só pra me conformar por não ter dado certo.
De vez em quando será apenas nós e mais ninguém, só pra eu me sentir viva um pouquinho.
Mas só de vez em quando...


terça-feira, 19 de julho de 2011

Estou correndo das lembranças, que dizer das más lembranças de tudo o que me aconteceu.
Hoje tá doendo muito! Só Deus para me dá forças, porque eu sozinha não vou conseguir.
O meu coração hoje está doendo como se acabasse de saber, os meus olhos querem derramar todas as lágrimas que estão contidas há dias.
Tento não me entregar a tristeza, tento não me deixar abalar, mas sou apenas uma mulher vivendo o drama que tantas outras já viveram, sou apenas mais uma com o coração partido e humilhado, sou apenas mais uma. Infelizmente não serei a última...
Tem sido dias difíceis para mim. Todas as pessoas que ouvem a minha história, dizem não querer está no meu lugar, pois é algo muito difícil de lidar, ninguém quer ser traído, ninguém que ser amigo de traidor.
Eu também não escolhi está vivendo isso hoje, eu também não queria está passando por algo nem ao menos parecido com isso, mas tenho comigo, em meu coração que Deus está no controle de tudo, tenho em mente que Deus sabe todas as coisas e que só Ele conhece o futuro.
Hoje eu sofro a humilhação de ser traída, de ser enganada, de ser ridicularizada na frente de todos, mas sei que amanhã poderei está vivendo um momento muito melhor, um momento de triunfo e de glória, porque o meu Deus vê aquilo que o homem não vê, o meu Deus é um Deus de justiça.
Tudo o que se planta nessa vida, se colhe.
Só Deus sabe o que o futuro nos reserva...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Coração fechado (não tem ninguém em casa)


Continuo trancada no meu mundo.
De vez em quando alguém bate a porta do meu coração. Ando bem devagarinho e espio pelo olho mágico, vejo do outro lado a dor, a tristeza, o medo e o ciúme querendo entrar. Então como antes, devagarinho volto a posição em que estava e digo a mim mesma: "vão embora, não tem ninguém em casa!".
Recuso em sonhos, em palavras e em atitudes deixar me dominar por qualquer um desses sentimentos. Eles não vão atrasar o meu futuro. Eles não vão nublar os meus dias de sol. Eles não têm poder sobre mim. Porque dentro de mim só entra o que eu deixo. Dentro de mim só fica o que eu também deixo.
No momento estou fazendo uma enorme faxina interior, tirando as velharias, as lembranças que de nada servem, os sentimentos pessimistas que querem ficar parasitando a minha felicidade.
Estou limpando cada cantinho desse coração, que de tanto se decepcionar, resolveu se fechar.
Fechado ele está apenas para balanço, para limpeza e para uma nova direção.
Quando ele se abrir tudo estará como dever ser, limpo, arejado e muito bem humorado, para que novas energias possam fluir do seu interior, recebendo também novas energias, novos sentimentos e o tão sonhado grande amor...


Não sei explicar, mas me sinto tão feliz, tão bem!
Estava no caixa do supermercado e ao meu lado chegou uma velhinha, toda enrugadinha, bem magrinha e tão simpática! Eu perguntei se ela não estava com frio, ela me respondeu que não. Me disse que levantava às 5 horas da manhã para preparar o café da manhã do filho, que já tinha adiantado o almoço e lavado toda a roupa de cama dele também. Fiquei impressionada com toda aquela disposição, era contagiante a felicidade que ela irradiava. Saí de lá me sentindo tão bem comigo mesma e desejando chegar aos anos que ela chegou tão bem e tão disposta!
Felicidade é isso, é ter todos os motivos para reclamar, mas ao invés disso, saber agradecer pelo simples fato de estar vivo!
Obrigada meu Deus por tudo! Eu te amo Deus!! 

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Como se cura a ferida




Que triste é despertar e ver no teu olhar
Ver que é mentira o que dizias
Saber que é o final

Que triste é ver cair
A amizade que eu construí
Que me guardava, que me alegrava
Eu não via que mentias

Como se cura a ferida, quando perdoar é tão difícil
E quando esquecer não se consegue
Como enfrentar essa vida
Quando o coração já em pedaços
Encontra a desilusão e quebra o mundo inteiro
Num golpe baixo
Nunca imaginei chorar seu engano

No meio dessa dor, minha força foi minha fé
No meu lamento, buscando alento
Olhei pro céu e te perdoei
Teu erro me mostrou que em Cristo
Estou seguro
E sempre poderei contar com Deus



Música de Fernanda Brum


quarta-feira, 13 de julho de 2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Teus (meus) olhos


Hoje tudo o que eu queria era te olhar nos olhos e me ver refletida neles.
Hoje eu queria que os teus olhos me dissessem o que as tuas palavras nunca foram capazes de dizer.
Hoje eu queria sentir a sinceridade do teu amor, o carinho das tuas mãos e o aconchego do teu corpo, tudo isso através dos teus olhos.
Hoje eu queria que os teus olhos estivessem totalmente voltados para mim, eu queria a tua atenção.
Hoje eu queria te olhar nos olhos e dizer o quanto eu  sinto a tua falta.
Hoje eu queria que as lágrimas que se escondem dentro de mim, fossem derramadas, todas elas, e que essas lágrimas levassem embora todo o medo, toda a insegurança e toda a tristeza que ainda me rodeia.
Hoje eu queria que os teus olhos se desculpassem por todas as vezes que você me fez chorar, por todas as vezes que você me entristeceu e por todas as vezes que você me traiu.
Hoje eu queria que os teus olhos fossem capaz de me libertar de toda essa angústia que você deixou dentro do meu coração...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Tire-o da cabeça!



Você estava apaixonado por alguém e levou um fora. Acontece mais do que acidente de avião, desastre com romeiros e incêndio na floresta. Corações partidos é o grande drama nacional. O que fazer? Ainda não lançaram um manual de auto-ajuda que consiga eliminar nossa fossa, e dos amigos só podemos esperar uma frase, repetida à exaustão: tire esse cara da cabeça. Parece fácil. Mas alguém aí me diga: como é que se tira alguém de um lugar tão cheio de mistérios?

Gostar de alguém é função do coração, mas esquecer, não. É tarefa da nossa cabecinha, que aliás é nossa em termos: tem alguma coisa lá dentro que age por conta própria, sem dar satisfação. Quem dera um esforço de conscientização resolvesse o assunto: não gosto mais dele, não quero mais saber daquele prepotente, desapareça, um, dois e já!

Parece que funcionou. Você sai na rua para testar. Sim, você conseguiu: olhou vitrines, comeu um sorvete e folheou duas revistas sem derramar uma única lágrima. Até que começa a tocar uma música no rádio e desanda a maionese. Você não tirou coisa alguma da cabeça, ele ainda está lá, cantando baixinho pra você.

Táticas. Não ficar em casa relendo cartas e revendo fotos. Descole uma festa e produza-se para matar. Você bem que tenta, mas nada sai como o planejado. Os casais que se beijam ao seu lado são como socos no estômago. Você se sente uma retardada na pista de dança. Um carinha puxa papo com você e tudo o que ele diz é comparado com o que o seu ex diria, com o que o seu ex faria. Chamem o EccoSalva.

Livros. Um ótimo hábito, mas em vez de abstrair, você acha que tudo o que o escritor escreve é para você em particular, tudo tem semelhança com o que você está vivendo, mesmo que você esteja lendo sobre a erupção do Vesúvio que soterrou Pompéia.

Viajar. Quem vai na bagagem? Ele. Você fica olhando a paisagem pela janela do ônibus e só no que pensa é onde ele estará agora, sem notar que ele está ali mesmo, preso na sua mente.

Livrar-se de uma lembrança é um processo lento, impossível de programar. Ninguém consegue tirar alguém da cabeça na hora que quer, e às vezes a única solução é inverter o jogo: em vez de tentar não pensar na pessoa, esgotar a dor. Permitir-se recordar, chorar, ter saudade. Um dia a ferida cicatriza e você, de tão acostumada com ela, acaba por esquecê-la. Com fórceps é que a criatura não sai.



Martha Medeiros


* Meu Deus! Me ajude acordar e ao abrir os olhos apenas lembrar que o dia me convida pra viver, pra ser feliz! E que o meu destino sou eu quem faço...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A todos que não foram e não ligaram

* Ainda não me conformei com o que você fez, ou melhor, não fez... 

Bom, você não foi. E não ligou. A mim, só restou lamentar a sua falta de educação. Imaginando motivos possíveis. Será que você não foi porque realmente não pôde ou simplesmente não quis? Será que não ligou para não me magoar ou justamente o inverso disso?

Estou confusa, claro. Achava que você iria.

Tanto que eu aguardei sua chegada por mais minutos do que deveria, inventando desculpas esfarrapadas para mim mesma. O trânsito, o horário, a meteorologia. Qualquer pneu furado serviria. E até o último instante, juro, achei que você chegaria a qualquer momento. Pedindo perdão pelo terrível atraso. Perdão que você teria, junto com uma cara de quem está acostumada, e assim encerraríamos o assunto. Mas você não foi.

Esperei outro tanto pelo seu telefonema, com todas as esclarecedoras explicações. Para cada razão que houvesse, pensei numa excelente resposta. Para cada silêncio, num suspiro. Para cada sensatez de sua parte, numa loucura específica da minha.

Se você tivesse ligado do celular, eu seria fria. Se tivesse ligado do trabalho, seria levemente avoada. Se a ligação caísse, eu manteria a calma.

Foram muitos dias nessa tortura, então entenda que percorri todas as rotas de fuga. Cheguei a procurar notícias suas pelos jornais, pois só um obituário justificaria tamanha demora em uma ligação.

Enfim, por muito mais tempo do que desejaria, mantive na ponta da língua tudo o que eu devia te dizer, e tudo o que você merecia ouvir, e tudo. Mas você não ligou.

Mando esta carta, portanto, sem esperar resposta. Nem sequer espero mais por nada, em coisa alguma, nesta vida, para ser sincera. No que se refere a você, especialmente, porque o vazio do seu sumiço já me preenche; tenho nele um conforto que motivos não me trarão.

Não me responda, então, mesmo que deseje. Não quero um retorno; quis, um dia, uma ida. Que não aconteceu, assim deixemos para lá.

Estaria, entretanto, mentindo se não dissesse que, aqui dentro, ainda me corrói uma pequena curiosidade. Pois não é todo dia que uma pessoa não vai e não liga, é? As pessoas guardam esses grandes vacilos para momentos especiais, não guardam?

Então, eis a minha única curiosidade: você às vezes pensa nisso, como eu penso? Com um suave aperto no coração? Ou será que você foi apenas um idiota que esqueceu de ir?


Crônica de Fernanda Young

Respiro fundo...penso no futuro e digo a mim mesma...vai passar!
...
Tem horas que bate aquela saudade, que chega a doer!
...
E entre uma coisa e outra, eu deixo algumas lágrimas rolarem...

terça-feira, 5 de julho de 2011

Por quê?...Por quê?...- Não sei! Só sei que ainda dói! Ainda dói! 

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Por mais que se espere por uma situação difícil, por mais que se espere atitudes indiferentes por parte de alguém, quando a situação chega e a indiferença também, a gente sofre, a gente chora, a gente se sente mal... É como a morte, a gente sabe que ela existe, que ela vem, mas quando ela chega, a gente nunca sabe o que fazer! A gente nunca aceita!