"E eu não espero que me vejam por dentro, desejo apenas que não me julguem pelo que veem por fora." (Monalisa Macedo)

















segunda-feira, 16 de abril de 2012

O labirinto


Ela viu uma figura interessante ao longe e decidiu aproximar-se. Ele puxou conversa e ela deixou a conversa fluir. Ele a convidou para sair e ela aceitou. Aos poucos foram se conhecendo. Junto com ele havia um lugar cheio de luz, de alegria, de cores lindas como num arco-íris, tudo parecia tão belo, ele mesmo parecia belo demais para um simples mortal. Sua conversa era agradável, estava sempre sorrindo e mostrava-se tão divertido...
Ela resolveu ficar, entrou também no seu mundo cheio de cores e energia vibrante. Tudo parecia tão perfeito. A sintonia entre eles era inexplicável. E assim foram passando dias, semanas, meses, anos...
E agora ela olha para os lados e se pergunta: Onde estou? Como entrei aqui? Aonde vim parar? Que lugar é esse? Que mundo é esse?
Ela encontra-se dentro de um labirinto, não sabe para onde ir, onde achar a saída. A elegância dele se foi, suas palavras já não são tão divertidas, suas cores não são tão bonitas, seu mundo é escuro e sombrio.
Ela está triste e assustada por entrar nesse mundo, por perder-se, por ter sido tão imprudente.
Esse é o mundo real em que ele vive, cheio de fantasias e mentiras, tudo mascarado. Hoje ela percebe que tudo era uma farsa. Esse labirinto que a prende é o lugar onde ela viveu seus maiores medos, suas maiores dores, suas maiores mágoas...
E ele é a figura que a assusta, que a manipula. Ele é a boca que a beija e a mão que a apedreja, a mão que afaga e que fere!

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