"E eu não espero que me vejam por dentro, desejo apenas que não me julguem pelo que veem por fora." (Monalisa Macedo)

















quarta-feira, 27 de junho de 2012


De tão feliz, fiquei boba, não conseguia parar de sorrir. Parecia aqueles filmes de comédia romântica, tão simples e divertido e ao mesmo tempo tão significativo...




terça-feira, 26 de junho de 2012

A última dose



Ela olha ao seu redor, sua cabeça pesa de tanto pensar. Condenou-se várias e várias vezes por se encontrar naquele estado lastimável e desprezível que ela jurava ter abandonado.  Sabia que a culpa era toda sua e de mais ninguém, por isso, não abriu a boca se quer para lamentar com alguém, para desabafar a sua dor, a sua culpa, o seu ódio. Sim, ela sentia ódio de si mesma por voltar a sentir coisas que ela poderia ter abandonado há muito tempo, sentia raiva por manter-se refém de tudo o que ainda a perturbava, sentia raiva por continuar alimentando esperança em algo que não existia e por alguém que não a amava e não a respeitava. Tudo dentro dela era raiva, raiva do seu tolo coração e do seu cérebro tão inteligente, que agora parecia tão medíocre.

Faltavam algumas horas para aquele encontro. O encontro que ela tanto ansiou e agora tanto desprezava. Ir a esse encontro era andar na prancha e lançar-se ao mar rodeado de tubarões. Ir a esse encontro era tomar a dose de um veneno que matava lentamente. Ir de encontro a este homem era suicídio, ela sabia. Ao mesmo tempo em que já se sentia morta. Não tinha escolha, não havia como fugir, hoje não. Ela tinha que cumprir sua palavra para alguém que nunca cumpriu promessas. Mas ela era diferente dele, sua palavra era sua palavra.

Assim ela respirava lentamente como se fosse a última vez, pensava em cada detalhe daquela noite, o que usar, o que falar, a forma como sorrir, o perfume que lhe cairia bem, ela não queria desagradar. Ela seria forte mais uma vez. Deixaria transparecer toda a segurança que ele viu em seus olhos desde que a conheceu, seria a mulher polida, elegante e sorridente que todos gostavam de ver. Sim, ela seria uma rocha.

Preparou-se para o momento, era agora e talvez nunca mais, assim ela desejava. Seguiu como uma ovelha para o matadouro, passos lentos e firmes, cabeça erguida e a mansidão que só as ovelhas sabem ter. Quem a viu jamais percebeu o que se passava dentro dela. Apesar de estraçalhado, o seu coração continuava batendo. E assim ela partiu para tomar mais uma ou quem sabe, a última dose do seu veneno...
Me manter junto a você é fugir de mim mesma
e encontrar abrigo na trincheira do inimigo.
É consolar-me no peito do meu
traidor...

                              
              

terça-feira, 19 de junho de 2012

Todas elogiaram o meu troféu, todas comentaram, diziam: como é belo! Parabéns! Muitas sentiram inveja, queriam estar no meu lugar. 
Mas ao virar as costa e ir embora, dentro de mim a sensação era de derrota.

Filhos





  • Vossos filhos não são vossos filhos. 
    São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. 
    Vêm através de vós, mas não de vós. 
    E embora vivam convosco, não vos pertencem. 
    Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos, 
    Porque eles têm seus próprios pensamentos. 
    Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas; 
    Pois suas almas moram na mansão do amanhã, 
    Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho. 
    Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós, 
    Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados. 
    Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas. 
    O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força 
    Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe. 
    Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria: 
    Pois assim como ele ama a flecha que voa, 
    Ama também o arco que permanece estável.




                                                                                         (Khalil Gibran)



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Presente passado




Eu não posso apagar os erros do passado. Eu não posso editar as palavras que já foram ditas nem mudar fatos cometidos, todos ficaram para trás, não voltam nem para o bem, nem para o mal.  
O que eu posso é tentar fazer um presente melhor para um futuro que eu nem sei se vai chegar, mas é esse presente que importa, é com ele que eu posso contar e é ele quem poderá fazer a diferença em nossas vidas.
O presente está aqui para ser vivido e o futuro pode ou não acontecer. O presente hoje será passado amanhã e o futuro amanhã é o presente hoje. É esse presente que nós temos.
Não podemos mudar o que passou, não podemos apagar uma vírgula da nossa história, mas podemos escrever novas linhas sem cometer os velhos erros.
A única coisa que eu posso fazer é viver o hoje como se não houvesse amanhã, é aproveitar o momento (carpe diem), é fazer de cada reencontro um momento único e ao me despedir, deixar a sensação e a lembrança como se fosse a primeira vez...






A opinão das pessoas virá mesmo quando não solicitada. O peso desse julgamento não pode ser maior do que a sua consciência. As pessoas julgam pelo que veem mas só você, só o seu coração, conhece os seus reais motivos!
Eles julgam e criticam sua ousadia, quando na verdade, gostariam de ser iguais a você!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Sem sentido


Leio de tudo um pouco, por vezes algumas palavras não fazem sentido ao meu vocabulário. Assim são alguns sentimentos para quem nunca os sentiu. Palavras desconhecidas não fazem sentido, sentimentos nunca experimentados, também não.


Que bom que você tem alguém para amar e sentir-se amado. 
Que bom que você tem alguém para ligar e perguntar o que tem pro jantar.
Que bom que você tem alguém te esperando em casa na hora marcada, todas as noites.
Que bom que você tem alguém para gastar horas procurando um presente para agradar.
Que bom que você tem alguém para comemorar o dia dos namorados.
Que bom que você tem uma amiga (eu) para te ajudar escolher o presente dela.
E que bom que você tem a cara de pau para me ligar no dia seguinte (dia dos namorados) e me perguntar: - E aí como está sendo o seu dia? (conhecendo a minha história).
Que bom que diante de tudo isso você ainda se pergunta como é que tem gente que fica triste, como é que viúvos choram e se sentem solitários por causa de uma data tão banal... Realmente meu amigo, é incompreensível (pra você) que não está passando e nunca passou por isso! Felicidades!







terça-feira, 12 de junho de 2012


     

            Começou chover... (inevitável)...

Dia dos (des)namorados...

Era pra ser só mais um dia no calendário, só mais um dia da semana, só mais um dia do mês, mas está sendo muito mais que isso.
Não pensei que seria tão complicado...
Sinto um peso sobre mim, um turbilhão de emoções que vai e vem causando-me náuseas nessa maré de sentimentos e a maré está alta.
O que era pra ser normal não está sendo e o que é real também não.
A roupa que vesti não me caiu bem, o meu cabelo não brilhou ao sol, o meu sorriso está sem graça, os meus olhos estão secos mas parece que vai chover a qualquer momento.  
As lágrimas represadas nesses olhos não vão demorar a cair, será um temporal, tomara que dê tempo de chegar em casa, ficar molhada no meio da rua sem guarda chuva e sem proteção será ruim.
Tomara que eu consiga chegar a tempo de repousar a minha cabeça sobre ele, como tantas vezes eu já fiz. Ele não tem nada há dizer apenas acolhe a minha dor e me deixa encharcá-lo. Ele não conta nada pra ninguém sobre o meu choro, ele não nunca disse quantas vezes isso já aconteceu, ele apenas presencia a cena (quantas vezes forem)...
Ele sempre estará lá sempre que eu precisar... O meu travesseiro!  

quarta-feira, 6 de junho de 2012



    E ela continuava a pensar nele, sem pesar, sem tristeza, sem lamentos, apenas pensava. Às vezes sorria sozinha ao lembrar-se de coisas que ele fez que muitas vezes a divertiu. 
    Ele ainda estava presente em sua mente, não como um parasita que sugasse sua força e sua alegria de viver, mas como um acessório que ainda lhe caía bem.
    E assim ela seguia sua vida, às vezes esquecia, às vezes lembrava-se...
    E ao pensar nele, seu estômago contraía como se descesse de uma montanha russa...



terça-feira, 5 de junho de 2012

Sobre a falta




      Eu vou sentir falta de muita coisa. De acordar e me lembrar que éramos um casal.
      Vou sentir falta de ligar pra você e de receber sua ligação também. Vou sentir falta de voltar para casa no final do dia esperando a hora de poder encontrá-lo.
      Vou sentir falta dos programas que fazíamos juntos, dos filmes que assistíamos e comentávamos depois, sentirei falta até do comercial de TV que você gostava...
      E pra suprir essa falta e esses espaços que me sobram, me sentirei feliz pela paz que só os solitários podem ter. A paz de se sentirem bem com sua própria companhia, a paz de se sentirem livres para fazer o que bem quiser na hora que quiser.
      Repousarei a cabeça no meu travesseiro sem me preocupar com o que não veio ou com o que não foi feito. Serei feliz a minha maneira. Sonharei com o futuro e traçarei metas, seguindo sempre em frente sem olhar para trás.
      Apesar da falta e de tantos porquês... Percebi que a falta que me fazes é bem melhor do que as tristezas que me causavas quando estavas ao meu lado!

segunda-feira, 4 de junho de 2012


Quanto mais cedo se inicia um tratamento contra uma doença, mais cedo são as chances de cura.
Quanto mais cedo se toma uma atitude para largar um vício, mais cedo irá se libertar.
Quanto mais cedo se afastar de coisas e pessoas que ferem e causam sofrimento, mais cedo poderá esquecê-las!
Uma longa caminhada começa com o primeiro passo.
Somos escravos de nossos próprios medos, de nossas próprias insatisfações, do nosso próprio egoísmo e principalmente de nossas más escolhas...
Uma atitude certa pode mudar toda uma vida, e nunca é tarde para mudanças!