"E eu não espero que me vejam por dentro, desejo apenas que não me julguem pelo que veem por fora." (Monalisa Macedo)

















sábado, 31 de maio de 2014

A menina que roubava livros



“Eu já vi inúmeras coisas. Presenciei as piores desgraças do mundo e trabalhei para os piores vilões. E vi também grandes maravilhas. Mas tudo é ainda do jeito que já mencionei: ninguém vive para sempre. Quando finalmente fui buscar Liesel, tive um prazer egoísta por saber que ela vivera 90 anos de forma tão sábia. Suas histórias haviam emocionado muitas almas, algumas das quais, acabei conhecendo nesse período. Max, cuja amizade durou quase tanto quanto Liesel, quase...
Em seus últimos pensamentos ela viu a longa lista de vidas que se misturaram à dela. Seus três filhos, seus netos, seu marido... Entre essas vidas iluminadas como lanternas estavam Hans e Rosa, seu irmão e o menino cujo cabelo permaneceu para sempre da cor do limão. 
Eu gostaria de dizer à menina que roubava livros, que ela foi uma das poucas almas que me fez imaginar como seria viver. Mas no final não houve palavras, apenas paz.
A única verdade que realmente sei é que sou assombrado pelos humanos!"


(Morte) 


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