"E eu não espero que me vejam por dentro, desejo apenas que não me julguem pelo que veem por fora." (Monalisa Macedo)

















terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Alguém especial


Ele nunca teve dúvidas de que ela era diferente, de que seria uma pessoa muito especial em sua vida. Talvez por isso mesmo se sentisse intimidado, acuado, meio perdido. Fosse talvez aquele jeito dela sentir-se dona da situação, de estar no comando, de não sentir medo, de não se importar. Ele não sabia ao certo o que era só sabia que ela parecia estar anos luz a sua frente e isso o incomodava de certa forma. Fazia-o sentir-se um menino em suas mãos, e ela por sua vez, sabia que lhe causava tal efeito.

Na tentativa de justificar-se, fazia-lhe promessas que ia melhorar, no entanto, continuava a errar, a tropeçar nas mesmas coisas que a enfurecia constantemente. Seria possível levar isso a diante? (ele perguntava-se, e ela muitas vezes fazia a mesma pergunta)...

Ambos sabiam que o gostar era evidente, que o carinho que os unia muitas vezes faziam as coisas acalmarem-se entre eles, mas só por algum tempo... Dentro de poucos dias tudo parecia repetir-se como num círculo vicioso, como num jogo de cartas marcadas.

Tanto tempo juntos, tantos momentos, tanta cumplicidade pareciam nada perto das mágoas, dos erros e da indiferença que ele demonstrava muitas vezes. Quando se achava só e desprotegido, voltava como um menino arrependido aos braços daquela que tantas vezes o consolou, o ouviu e o entendeu. Esses braços pareciam ter o poder de anular seu medo, a sua culpa.

Era por isso que voltava, porque além do sentimento que nutria por ela (sentimento este muitas vezes não demonstrado), era em seus braços que ele podia confiar, era em seu abraço que ele se protegia de todas as cabeçadas erradas que dava por aí. Eram esses braços que o aqueciam e ao olhar nos olhos dela, ele tinha a certeza de que era amado (...)


Mais um ano de vida, mais uma data comemorada ao seu lado. Hoje eu não poderia deixar de agradecer a Deus por ter me dado uma irmã como você. Doce, meiga, amiga e companheira de todas as horas.
Obrigada de coração pela paciência que tens exercido comigo ao longo dos anos, pela mão amiga, por cuidar de mim sempre, por me apoiar em tudo, muito obrigada mesmo! Eu te amo!
E obrigada a Deus por nos fazer irmãs, companheiras e amigas!!!!



Irmazinha o dia hoje é todo seu!
Parabéns à minha FLOR, a flor linda do meu jardim!

Monique Kessous - Frio

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Don't You Remember - Adele (Lyrics)



Você Não Se Lembra


Quando eu irei te ver novamente?
Você foi embora sem dizer adeus, não foi dita uma palavra sequer,
Nem um beijo final para selar as costuras.
Eu não tinha idéia do estado em que estávamos.

Eu sei que eu tenho um coração inconstante e uma amargura,
E um olho errante e um peso em minha cabeça.

Mas você não se lembra?
Você não se lembra?
A razão pela qual me amou antes?
Baby, por favor lembre-se de mim mais uma vez.

Quando foi a última vez que você pensou em mim?
Ou você me apagou completamente da sua memória?
Eu frequentemente penso sobre onde eu errei,
E quanto mais o faço, menos sei.

Eu sei que eu tenho um coração inconstante e uma amargura,
E um olho errante e um peso em minha cabeça.

Mas você não se lembra?
Você não se lembra?
A razão pela qual me amou antes?
Baby, por favor lembre-se de mim mais uma vez.

Eu te dei o espaço para que você pudesse respirar,
Eu mantive minha distância para que você pudesse ser livre,
E torci para que você encontrasse a peça que faltava
Para trazer você de volta para mim.

Mas você não se lembra?
Você não se lembra?
A razão pela qual me amou antes?
Baby, por favor lembre-se de mim mais uma vez.

Quando eu irei te ver novamente?

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O passado de volta


- Como eu me arrependo! (Foi o que ela disse).
Olhando a sua vida como está, em certas horas ela deseja as coisas ruins do passado, para que as boas também possam voltar.
Mal sabe ela, que coisas ruins continuaram a acontecer enquanto ela esteve fora. Coisas tão terríveis e desagradáveis, que talvez o seu coração não pudesse suportar.
Muita coisa mudou, mas outras continuam do mesmo jeito. O que para ela era ruim, hoje é ruim para outra pessoa. O que a entristecia e a fazia chorar, hoje entristece e faz chorar outra pessoa. Os velhos hábitos não morreram (ele continua o mesmo).

Boas lembranças devem ser recordadas com carinho, mas não ao ponto de fazê-la pensar em voltar. O que foi bom deve ser bom por inteiro, não pela metade. A felicidade de outrora deve ter um sabor de mel, não um gosto amargo no final.
Desejar o passado é sofrer duas vezes.
O passado deve servir como aprendizado, nunca como motivo para retroceder.

Tudo o que aconteceu em sua vida a fez crescer como pessoa, como mulher.
Não olhe para trás, siga sua vida e mantenha-se distante. Dê lugar ao novo, reescreva sua história, reformule suas ideias, tire proveito de tudo o que você já conseguiu, não retroceda.
Se você voltar para aquilo que já abandonou, estará literalmente vestindo a velha roupa, usando o velho rosto para chorar velhas dores, coisas que já não fazem parte da sua vida!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

"Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um recôndito despeito."


— Rubem Braga







terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Amor não se pede


Se implorar resolvesse, não me importaria. De joelhos, no milho, em espinhos, agachada, com o cofrinho aparecendo. Uma loucura qualquer, se ajudasse, eu faria com o maior prazer. Do ridículo ao medo: pularia pelada de bungee jump. Chorar, se desse resultado, eu acabaria com a seca de qualquer Estado, de qualquer espírito.

Mas amor não se pede, imagine só. Ei, seu tonto, será que você não pode me olhar com olhos de devoção porque eu estou aqui quase esmagada com sua presença? Não, não dá pra dizer isso. Ei, seu velho, será que você pode me abraçar como se estivéssemos caindo de uma ponte porque eu estou aqui sem chão com sua presença? Não, você não pode dizer isso. Ei, monstro do lixo, será que você pode me beijar como um beijo de final de filme porque eu estou aqui sem saliva, sem ar, sem vida com a sua presença? Definitivamente, não, melhor não. Amor não se pede, é uma pena.

É uma pena correr com pulinhos enganados de felicidade e levar uma rasteira. É uma pena ter o coração inchado de amar sozinha, olhos inchados de amar sozinha. Um semblante altista de quem constrói sozinho sonhos. Mas você não pode, não, eu sei que dá vontade, mas não dá pra ligar pro desgraçado e dizer: ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez de não me amar e vir logo resolver meu problema? Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei.

Raiva dele ter tirado o gosto do mousse de chocolate que você amava tanto. Raiva dele fazer você comer cinco mousses de chocolate seguidos pra ver se, em algum momento, o gosto volta. Raiva dele ter tirado as cores bonitas do mundo, a felicidade imensa em ver crianças sorrindo, a graça na bobeira de um cachorro querendo brincar. Ele roubou sua leveza mas, por alguma razão, você está vazia. Mas não dá, nem de brincadeira, pra você ligar pro cara e dizer: ei, a vida é curta pra sofrer, volta, volta, volta. Porque amor, meu amor, não se pede, é triste, eu sei bem.

É triste ver o Sol e não vê-lo se irritar porque seus olhos são claros demais, são tristes as manhãs que prometem mais um dia sem ele, são tristes as noites que cumprem a promessa. É triste respirar sem sentir aquele cheiro que invade e você não olha de lado, aquele cheiro que acalma a busca. Aquele cheiro que dá vontade de transar pro resto da vida.

É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz. Tanto amor querendo escrever uma história, mas só escrevendo este texto amargurado. É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar. É triste lembrar como eu ria com ele. Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa? Ele sabe, ele sabe.



Por Tati Bernardes


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Em paz...


Em raros momentos a paz e a harmonia entre eles são tão perfeitas que ela chega a acreditar que foram feitos um para o outro. Tudo o que ela deseja é ficar ali aninhada em seus braços, deitada de conchinha, sentindo o pulsar do seu coração, sentindo aquela respiração quente em seu pescoço, sentindo o calor daquele corpo no seu...

Dá vontade de parar o tempo, de prolongar esses momentos ao máximo possível. Mas o tempo é inimigo e corre depressa, rouba-lhe os minutos e quando se percebe já é hora de ir, pois a rotina do dia a dia não lhe permite mais, é necessário descansar para começar tudo de novo, em mais um dia que se aproxima.

Ela então se despede, beija-lhe a boca sentindo uma enorme vontade de ficar... Sai do carro, entra em sua casa, vai para o seu quarto, deita-se e guarda em sua memória aqueles instantes de paz. Adormece com um sorriso nos lábios, o coração aquecido e a alma desejosa de que momentos como esse possam repetir-se no próximo encontro...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Corpo e coração


Tem horas que tudo o que se deseja é um colo seguro para repousar a cabeça, um abraço forte que nos aqueça da frieza de sentimentos que nos rodeia, um conselho que nos faça ver além do horizonte, uma mão amiga que nos puxe para fora desse poço de incertezas.

Tem horas que apenas uma palavra boa seria bálsamo para o coração, seria compressa para aliviar as fortes dores da alma. Palavra de esperança em horas de solidão é tudo o que se espera ouvir... Mas onde elas estão? Quem poderá dizê-las?

Nas horas de frio e solidão tudo o que a alma deseja são canções de ninar, falando sobre paz, tranqüilidade e esperança. Mas tudo está tão frio, tão quieto, tão nublado. Nenhum som se escuta para acalmar este coração. Então ele continua a bater no seu compasso, sentindo de vez em quando certo temor.

Este temor tem acompanhado esse coração de um tempo para cá. Só ele sabe, só ele poderá saber as vezes que descompassou o seu ritmo, parecendo querer jogar-se para fora deste corpo que o carrega. E este corpo em contra partida, também sente medo. O corpo quer ajudar o coração, mas como? Se ambos sentem a mesma dor?

Juntos estão tentando achar um caminho melhor, corpo e coração fizeram um pacto para não se ferirem ainda mais. Um depende do outro, por isso estão apoiando-se mutuamente, para se sentirem mais forte. O caminho está difícil, está perigoso, está escuro e frio, mas ambos sabem que o sol poderá brilhar a qualquer momento, aquecendo e clareando a estrada para um novo recomeço.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Alimentarei como esperança...




Se eu pudesse


Eu até me calaria se pudesse,
Mas é este silêncio que me enlouquece.
Eu até sorriria se pudesse,
Mas essas lágrimas não me obedecem.

Eu até esqueceria se pudesse,
Mas essa lembrança me persegue.
Eu até perdoaria se pudesse,
Mas essa dor ainda me fere.

Eu até iria embora se pudesse,
Mas pensar em você me estremece.
Eu até te deixaria se pudesse,
Mas ficar sem você me entristece.





Começando 2012...


Estou aqui pensando na vida, tentando anular o medo que está chegando de mansinho, tentando não dar importância a dor que me alfineta o peito de vez em quando, me causando aquela sensação de frio no estômago...

Pode ser que as coisas melhorem, pode ser que continuem como estão e pode ser que também não dêem certo, enfim, pode ou não pode ser... Quem vai saber?

O que sei é que pensar no futuro tem me criado não só expectativas e ansiedade, mas também certo temor. Medo de que eu não seja forte o bastante para continuar, medo de que o que tanto temo venha a acontecer, medo de que o que eu desejo e espero não aconteça...

Quem pode fugir de tais sensações? Acho que todos nós estamos fadados a viver meio inseguros, faz parte do espetáculo da vida. Pois certeza de nada temos e incertezas estão por toda parte em tudo o que vivemos, em tudo o que escolhemos, em tudo o que pretendemos fazer.

Tenho em minhas mãos um ano novo, todo em branco, para que eu comece a escrever mais um capítulo da minha história, para que eu mude o que precisa ser mudado, conserte o que está precisando de reparos, escolha novos caminhos e evite antigos erros. A receita é esta, cabe a mim segui-la, acrescentando um tempero a mais aqui e ali, mas nunca exagerando neles, para que o sabor final não se altere.

2012 está aí, pronto para ser vivido, vamos lá!