Na tentativa de justificar-se, fazia-lhe promessas que ia melhorar, no entanto, continuava a errar, a tropeçar nas mesmas coisas que a enfurecia constantemente. Seria possível levar isso a diante? (ele perguntava-se, e ela muitas vezes fazia a mesma pergunta)...
Ambos sabiam que o gostar era evidente, que o carinho que os unia muitas vezes faziam as coisas acalmarem-se entre eles, mas só por algum tempo... Dentro de poucos dias tudo parecia repetir-se como num círculo vicioso, como num jogo de cartas marcadas.
Tanto tempo juntos, tantos momentos, tanta cumplicidade pareciam nada perto das mágoas, dos erros e da indiferença que ele demonstrava muitas vezes. Quando se achava só e desprotegido, voltava como um menino arrependido aos braços daquela que tantas vezes o consolou, o ouviu e o entendeu. Esses braços pareciam ter o poder de anular seu medo, a sua culpa.
Era por isso que voltava, porque além do sentimento que nutria por ela (sentimento este muitas vezes não demonstrado), era em seus braços que ele podia confiar, era em seu abraço que ele se protegia de todas as cabeçadas erradas que dava por aí. Eram esses braços que o aqueciam e ao olhar nos olhos dela, ele tinha a certeza de que era amado (...)
