"E eu não espero que me vejam por dentro, desejo apenas que não me julguem pelo que veem por fora." (Monalisa Macedo)

















segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Corpo e coração


Tem horas que tudo o que se deseja é um colo seguro para repousar a cabeça, um abraço forte que nos aqueça da frieza de sentimentos que nos rodeia, um conselho que nos faça ver além do horizonte, uma mão amiga que nos puxe para fora desse poço de incertezas.

Tem horas que apenas uma palavra boa seria bálsamo para o coração, seria compressa para aliviar as fortes dores da alma. Palavra de esperança em horas de solidão é tudo o que se espera ouvir... Mas onde elas estão? Quem poderá dizê-las?

Nas horas de frio e solidão tudo o que a alma deseja são canções de ninar, falando sobre paz, tranqüilidade e esperança. Mas tudo está tão frio, tão quieto, tão nublado. Nenhum som se escuta para acalmar este coração. Então ele continua a bater no seu compasso, sentindo de vez em quando certo temor.

Este temor tem acompanhado esse coração de um tempo para cá. Só ele sabe, só ele poderá saber as vezes que descompassou o seu ritmo, parecendo querer jogar-se para fora deste corpo que o carrega. E este corpo em contra partida, também sente medo. O corpo quer ajudar o coração, mas como? Se ambos sentem a mesma dor?

Juntos estão tentando achar um caminho melhor, corpo e coração fizeram um pacto para não se ferirem ainda mais. Um depende do outro, por isso estão apoiando-se mutuamente, para se sentirem mais forte. O caminho está difícil, está perigoso, está escuro e frio, mas ambos sabem que o sol poderá brilhar a qualquer momento, aquecendo e clareando a estrada para um novo recomeço.

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