Estamos sempre correndo atrás das coisas, querendo mais e mais, nos sentindo incompletos a todo instante, nos sentindo tão vazios..."Nasce o Sol, e não dura mais que um dia; Depois da Luz se segue à noite escura; Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas e alegrias."
E como explicar quando nos conformamos com o pouco. Pouco de atenção, pouco de carinho, pouco de desejo, pouco de amor, as migalhas que nos são jogadas a cada dia, a cada encontro, a cada novo relacionamento.
Estamos sempre tão insaciáveis e ao mesmo tempo tão conformados.
Que contraditório!
Sempre achando que merecemos mais, no entanto, satisfeitos com as palavras repetidas, com as frases ensaiadas, com as pessoas fúteis que nos cercam, porque assim não precisamos sofrer sozinhos, acabamos compartilhando mesmo que involuntariamente, a solidão que nos cerca.
Juntamos tanto para um dia deixar tudo espalhado por aí. Perdendo o foco, desviando-nos do que realmente importa, mas que só percebemos depois que já se foi.
Camuflando o ego ferido, o coração partido, a saudade eminente e o arrependimento presente.
Cada um faz o seu destino, ou o destino acaba fazendo o que quer de cada um.
Levamos em conta o que queremos e descartamos o que não queremos, e isso não diz respeito a objetos, mas necessariamente às pessoas.
Como se tornarão descartáveis. “Eu te uso e você me usa, hoje eu te amo, amanhã não quero mais te ver...”
Duros sentimentos, pesados fardos, humanidade perdida.
O que estamos buscamos? O que queremos? Ou melhor, o que merecemos?
Gastamos tanto neurônio pra inventar uma estória, uma mentira, mas não temos tempo pra contar a verdade, porque já passou tempo demais, daria muito trabalho consertar tudo.
É mais fácil mentir.
Essa é a história, esse é o problema. O que se faz aqui se vê depois...
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