"E eu não espero que me vejam por dentro, desejo apenas que não me julguem pelo que veem por fora." (Monalisa Macedo)

















segunda-feira, 26 de março de 2012

Apenas seguir (tudo o que eu queria)




Tudo o que eu queria era acordar e seguir a minha rotina. Ir ao trabalho, seguir com meus estudos ao final do dia, atender aqueles telefonemas que nos interrompem no meio do trabalho ou em casa (sem esperar por alguma ligação em especial) e nos fins de semana me dedicar àquilo que não tenho tempo para fazer em outras horas ao longo da semana.

Tudo o que eu queria era assistir aquele filme bobo com aquela história de romance clichê, ouvir aquela música que fala de solidão e dor sem ter a sensação de que tudo isso se parece comigo. Não ter vontade de chorar quando a mocinha do filme se sente só no meio da chuva ao descobrir que ele foi embora e que as palavras ditas pelo mocinho (bandido) não passaram de mentiras.

Tudo o que eu queria era colocar em um saco velho os sentimentos ruins que já me fizeram chorar, sofrer e sentir dor; as sensações de medo e insegurança; as palavras de mentira e engano; a lembrança das pessoas más e vis que já tive o desprazer de conhecer um dia; juntar tudo, amarrar a boca desse saco e jogar no profundo mar do esquecimento. Deixando livre a minha memória, o meu coração e a minha alma de todo mal que tais coisas já puderam me causar um dia.

Tudo o que eu queria era ter a sensação de que nada disso aconteceu. De que você não foi, não é e não vai ser ninguém em minha vida. O meu caminho não cruzou com o seu. A tua história não fez parte da minha. A minha vida não foi marcada a ferro e fogo pelos teus erros. A minha boca não te beijou. O meu corpo não te desejou e o meu coração não te quis... Era tudo o que eu queria (hoje, pra sempre).





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