"E eu não espero que me vejam por dentro, desejo apenas que não me julguem pelo que veem por fora." (Monalisa Macedo)

















quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Natal (des)encantado



♫ Eu pensei que todo mundo
Fosse filho de Papai Noel
E assim felicidade
Eu pensei que fosse uma
Brincadeira de papel
Já faz tempo que eu pedi
Mas o meu Papai Noel não vem
Com certeza já morreu
Ou então felicidade
É brinquedo que não tem...♫


Lá estava ela pensativa, olhos marejados... Enquando lia cada página daquele livro, lágrimas rolavam dos seus olhos, vez em quando ao ouvir uma canção essas mesmas lágrimas voltavam a cair em sua face. Era dessa forma, e só desse jeito, que ela se despia da camuflagem, da blindagem que criara em volta de si. Acostumara-se a ouvir tantas e tantas vezes que era "forte", que já não se permitia fraquejar, chegava a pensar que já não tinha sentimentos, tornando-se a cada dia mais fechada para qualquer emoção que a deixasse exposta e frágil na frente das pessoas.
Ninguém precisava saber que ela, como qualquer mulher, tinha sonhos, medos, segredos e tantos outros sentimentos comuns...
Era assim que ela se protegia. Aprendera a lidar com a dor. A sorrir quando queria chorar. A dizer tudo bem, quando a vontade era gritar "socorro".
Não era nem de longe a mais infeliz das criaturas, mas naquele momento era assim que se sentia, e isso ninguém precisava saber.
Daqui a algumas horas colocaria um belo vestido, um belo sapato, uma boa maquiagem,  e por fim, um sorriso no rosto, afinal, era noite de natal...



(24/12/2012)


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Previsões


1º dia de estágio

Nada melhor do que o "colocar-se no lugar do outro". Agora sei o que os estagiários da empresa onde trabalho devem ter sentido quando lá chegaram no primeiro dia. Por mais esperto e capaz que sejamos, o termo "estagiário" dá sempre a sensação de ser a pegadinha da vez...
Apesar da tensão que estou sentindo, as expectativas não deixam de ser as melhores.

Previsão: Ótima oportunidade para mudanças, corrigir erros, posturas e convivências. Momento ideal para ser e fazer diferente. Começar bem para terminar bem, esta é a meta!


OBS: Lembrando que faltam 11 dias para o fim do mundo! :)


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012



É sempre triste perder alguém que se ama seja qual for a estação, o ano, o dia e a hora.
 Mas no mês de dezembro deveria ser proibido morrer alguém, seja quem for, seja como for. Pois é o mês do balanço de nossas vidas, dos planos e projetos para o novo ano que se aproxima. Isso nos deixa eufóricos, alegres, otimistas e de repente... Ele(a) se foi!
Difícil aceitar, difícil entender e difícil não sofrer!!!
Ao saber de tantas notícias e notas de falecimento a gente para e pensa como ele, um dos grandes homens que fizeram história, Oscar Niemeyer “a vida é um sopro”. E apesar de tão rápida, de tão efêmera e tão frágil, a gente não quer perdê-la, a gente quer prolongá-la ao máximo, o quanto pudermos. E por mais que tenhamos feito, a sensação que se tem é que ainda existe algo por fazer...

(Solidarizo com todos aqueles que perderam entes queridos recentemente).

 


terça-feira, 4 de dezembro de 2012



Eu queria te dizer que depois que você se foi me deixando no chão implorando por amor, eu cresci. Depois de ter quebrado a cara por acreditar que tudo seria diferente, que com você seria diferente, eu vi um mundo melhor.  Por trás dos meus olhos embaçados de tanto chorar eu vi tudo mudando a minha volta. Como uma lagarta que depois do enclausuramento abre suas asas por ter se transformado numa linda borboleta, eu me senti renovada.

Hoje eu acredito menos, eu fantasio menos, mas sofro menos também. Aprendi a viver mais do que sonhar. Um dia de cada vez, cada um com a sua beleza, com a sua dor, com a sua incerteza. O hoje é tudo o que tenho. O que perdi já não me faz falta. O que ainda não tenho virá a seu tempo. Espinhos e pedras ainda encontrarei muito pelo caminho, mas nenhum deles me fará desistir de tentar. Todos eles servirão como alicerce para a minha vitória, para o meu projeto final.

Então é isso. Crescer é sinônimo de sofrer, de abrir mão, de se decepcionar... Mas ao final do processo, sonhos, conquistas, lágrimas, risos e experiência, tudo contribuindo para o bem daqueles que não desistem nunca!


 
Eu gosto de flores, gosto de laços
gosto de beijos, gosto de abraços.
Gosto de tantas coisas que
mal caberiam no espaço.
Ás vezes o que eu gosto
cabe dentro dos meus braços.
Faço tudo o que gosto
gosto de tudo o que faço.
Sou apenas uma criança
deixando pegadas por onde passo.
Na alegria ou na tristeza
sigo sempre no compasso.
Vou deixando a minha rima
sem contar pra quem eu faço.
Amanhá será outro dia
outro sonho, outro acaso.
Agradeço a Deus por tudo
que eu tenho enfrentado.
Sei que os Teus planos são maiores
do que eu tenho imaginado...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A parábola do rato

Um rato, olhando por um buraco na parede, viu o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo em que tipo de comida poderia ter ali.
Mas ficou aterrorizado quando descobriu que era uma ratoeira. Foi para o pátio da fazenda e advertiu a todos:

- Tem uma ratoeira na casa, tem uma ratoeira na casa!!!

A galinha, que andava ciscando de um lado para outro, levantou a cabeça e cacarejou:

- Desculpe, Sr. Rato, eu sei que é um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada. Ratoeiras não são para as galinhas, por tanto não corro nenhum perigo por causa da ratoeira.

O rato foi até o porco:

- Tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira!

- Desculpe, Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces – concluiu irônico.

O rato dirigiu-se então à vaca. Mas ela nem ligou para um animalzinho tão pequeno:

- Você acha que eu estou em perigo por causa de uma ratoeirazinha?

E mugiu despreocupada.

Então o rato voltou para casa, cabisbaixo e abatido, para encarar sozinho a ratoeira do fazendeiro. Naquela noite, ouviu-se na casa o barulho característico da ratoeira pegando sua vítima.

A mulher do fazendeiro correu para ver o que tinha acontecido. No escuro, ela não viu que a ratoeira tinha prendido a cauda de uma cobra venenosa. A cobra picou a mulher. O fazendeiro levou-a imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.

Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal, a galinha.

Como a mulher continuava mal, amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.

A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca para alimentar todo aquele povo.

Autor desconhecido

Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que isso não lhe diz respeito, lembre-se: quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre perigo.
 
 
(Algo parecido aconteceu comigo hoje. Alguém comentou com outro alguém sobre o meu problema e a resposta foi imediata: não tem nada haver! Tem pessoas que só entendem a dor quando é com elas. O problema alheio não lhe diz respeito... aí está a resposta. Obrigada Deus por falar ao meu coração nas horas mais difíceis e de uma forma tão inesperada!)
Sonhos...acredite! Eles se realizam!
Milagres...acredite! Eles acontecem!


Apesar das minhas fraquezas eu não posso deixar de sonhar, de acreditar!

Eu gostaria muito, mas muito mesmo que você parasse de acreditar que eu não me importo, aliás, você finge que não vê o quanto tudo isso me machuca. Talvez por isso eu nunca fale ou tente me explicar. Seria em vão. Todas as palavras que definem dor seriam inúteis, pois você não entenderia.
A pior dor é aquela que você não pode tocar, não pode soprar. A dor que eu sinto é na alma por isso você não me entende...
“Alma”, você parece não ter uma!




Sinto saudades do que não tive e de alguém que ainda nem conheci...

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Ninho


Chega uma hora na vida de qualquer pessoa em que é preciso mudar. Mudar de endereço, de hábitos, de ares, mudar o corte de cabelo e mudar aquelas roupas que parecem já ter a forma  do corpo.
A vontade de mudar é grande e o medo dessa mudança também. O novo assusta por ser desconhecido e o velho assusta pela insegurança do amanhã, pela angústia de ser esquecido e deixado para trás...
Sinto que estou no limiar entre o novo e o velho. Ficar como estou eu não posso, mas dar um salto no escuro também não. Sinto-me perdida e estática, preciso me decidir. Mas para onde? Com quem?
A sensação é de passarinho sem ter ninho para posar, para voltar. Apenas as asas e a imensidão do céu...
Os ventos contrários e circunstâncias adversas me fadigam emocionalmente. Um ninho quente e acolhedor não seria nada mau. Um lugar para aquietar as minhas ansiedades, as minhas dores, os meus medos e as minhas lágrimas é tudo o que tenho desejado. Um lugar para chamar de meu...
Tem horas que é preciso sair do ninho, bater asas e voar, em outras, tudo que se quer é um lugar para descansar (...)

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A Síndrome dos 20 e tantos...


"Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Dá-se conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc. E cada vez desfruta mais dessa Cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco.
As multidões já não são ‘tão divertidas’, às vezes até lhe incomodam.
...
Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas. Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto e te achou o maior infantil, pôde lhe fazer tanto mal. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar, e isso assusta!

Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.

Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso.

De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.

O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse texto nos identificamos com ele. Todos nós que temos ‘vinte e tantos’ e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça…

Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16…

Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?"

(Autor Desconhecido)

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O poder do perdão



(do livro 50 histórias para aquecer o coração)

“Se você for paciente em um momento de raiva, irá escapar de cem anos de arrependimento.” (Provérbio chinês).
Em 1974, voltando da escola para casa no último dia antes das férias de Natal, eu pensava animadamente sobre o feriado vindouro, como só os meninos de dez anos conseguem sonhar. A algumas portas de distância de minha casa em Coral Gables, Flórida, um homem se aproximou de mim e perguntou se eu poderia ajudá-lo com a decoração de uma festa que ele estava dando para meu pai. Achando que era amigo de meu pai, concordei em ir com ele. O que eu não sabia era que este homem tinha ressentimentos contra a minha família. Trabalhara como enfermeiro para um parente idoso, mas fora despedido por causada bebida. Após eu ter concordado em acompanhá-lo, ele dirigiu seu trailer até uma área isolada ao norte de Miami, onde parou no acostamento da estrada e me golpeou várias vezes no peito com um furador de gelo. Então dirigiu para oeste, até Florida Everglades, levou-me até o meio dos arbustos, deu um tiro em minha cabeça e me deixou lá para morrer.  Felizmente a bala havia passado por trás de meus olhos e saído pela minha têmpora esquerda sem causar nenhum dano cerebral. Quando recobrei a consciência, seis dias depois, não tinha noção de que havia sido atingido por um tiro. Fiquei sentado no acostamento e fui encontrado por um homem que parou para me ajudar. Duas semanas depois descrevi a pessoa que me atacara para o desenhista da polícia e meu tio reconheceu o retrato resultante como o homem que me atacara. Meu agressor foi preso, junto com outros suspeitos. Entretanto, o trauma e o estresse haviam cobrado seu preço e não pude identificá-lo. Infelizmente a polícia não conseguiu recolher nenhuma prova física que o ligasse ao crime. Portanto, ele nunca foi acusado.
O ataque me deixou cego do olho esquerdo, mas não causou nenhum outro dano e, com o amor e o apoio de minha família e amigos, voltei para a escola e dei continuidade à minha vida. Durante os três anos seguintes, vivi com uma extrema ansiedade. A maioria das noites eu acordava assustado, imaginando que havia escutado alguém entrando pela porta dos fundos e acabava dormindo no pé da cama de meus pais. Então, quando eu estava com treze anos, tudo isso mudou. Uma noite, durante um estudo da Bíblia com o grupo jovem da igreja, percebi que a providência e o amor de Deus, tendo miraculosamente me mantido vivo, eram a base para a segurança de minha vida. Em Suas mãos eu podia viver sem medo ou rancor. E então eu o fiz. Terminei os estudos, recebendo o diploma de mestrado em Divindade. Casei-me com minha maravilhosa esposa, Leslie. Temos duas filhinhas maravilhosas, Amanda e Melodee.
Em setembro de 1996, o major Charles Scherer, do Departamento de Polícia de Coral Gables, que trabalhara na investigação original de meu caso, telefonou-me para me contar que o agressor, hoje com setenta e sete anos de idade, finalmente confessara. Cego por causa do glaucoma, com a saúde abalada, sem família ou amigos, ele estava em um asilo no norte de Miami Beach. Fui visitá-lo. A primeira vez em que fui visitá-lo ele se desculpou pelo que havia feito a mim e eu lhe disse que o havia perdoado. Visitei-o muitas vezes depois disso, apresentando-o à minha esposa e filhas, oferecendo-lhe esperança e uma certa sensação de família nos dias anteriores à sua morte. Ele sempre ficava feliz quando eu aparecia. Acredito que nossa amizade tenha diminuído sua solidão e era um grande alívio para ele, após vinte e dois anos de arrependimento. Sei que o mundo pode me ver como a vítima de uma horrível tragédia, mas eu me considero a "vítima" de muitos milagres. O fato de eu estar vivo e não ter nenhuma deficiência mental desafia as probabilidades. Tenho uma esposa amorosa e uma família linda. Recebi tantas dádivas quanto qualquer outra pessoa - e amplas oportunidades. Fui abençoado de várias maneiras. E enquanto muitas pessoas não conseguem entender como pude perdoá-lo, do meu ponto de vista eu não poderia deixar de fazê-lo. Se eu tivesse escolhido odiá-lo todos esses anos, ou passar a vida procurando vingança, então eu não seria o homem que sou hoje - o homem que minha mulher e filhas amam.

 

(Chris Carrier, entregue por Katy McNamara)

 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012



Poderia ter sido eu, poderia ter sido você. Quem vai saber?
Não adianta buscar os certos porque eles não existem.
Todos são culpados até estando certos, até amando, até sorrindo, até sendo bons...
A culpa não é nem de longe o sentimento mais infame ou menos nobre que o ser humano carrega dentro de si, não, não é!
Deixa como está, segue em frente. Aproveita o que foi bom. Leva contigo os beijos, os abraços, o riso fácil.
Jogue fora as tristezas, as mágoa, as decepções, a culpa (lá vem ela de novo...).
Talvez a culpa não seja nossa, não somos responsáveis pelo que não podemos controlar.
Você pode controlar o destino? Não, não pode!
Então é isso! Livre-se da culpa e seja apenas feliz, seja apenas você. Não se importe com o “se”. Deixe ele para trás também, apenas siga!


 
 
 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Eu vou tentar



Mesmo que eu esqueça tudo o que prometi, ainda assim eu vou tentar.

Mesmo que eu diga palavras que jurei não proferi, ainda assim eu vou tentar.

Direi algo doce para aplacar o amargor da palavra dura.

Mesmo que eu caia, ainda assim eu vou tentar.

Levantarei mais uma vez, limparei o joelho ferido, sacudirei o pó e seguirei em frente.

Mesmo que eu chore, ainda assim eu vou tentar.

Colocarei um sorriso no rosto e me fortalecerei para mais um dia que me espera.

Mesmo que os sonhos pareçam distantes, ainda assim eu vou tentar.

Continuarei sonhando e sorrindo, ao pensar que tudo o que eu espero um dia irá chegar.

Mesmo que as pessoas me traiam, ainda assim eu vou tentar.

Manterei por perto aquelas que ainda são de confiança e agradecerei por elas existirem.

Mesmo que os dias se tornem enfadonhos demais, ainda assim eu vou tentar.

Darei uma pausa em tudo que me aniquila e me esgota, renovando as minhas forças para continuar a caminhada.

Mesmo que a chuva, o sol e a sede me arrebatem, ainda assim eu vou tentar.

Regarei a sequidão, aquecerei o gelo e refrescarei a alma na esperança de que tudo irá mudar.

Mesmo que o amor se acabe, ainda assim eu vou tentar.

Darei importância ao que tem importância, serei feliz enquanto durar e guardarei o que foi bom.
 
E mesmo que tudo pareça contrário, ainda assim, eu vou conseguir!

 

 

quarta-feira, 31 de outubro de 2012



"Acredito que as pessoas aprendem com os próprios erros e com o tempo. Acredito que quem traiu uma vez e foi perdoado, vai trair de novo. Acredito que aquelas pessoas que vivem falando mal dos outros vão falar mal de você com esses outros. Acredito que as pessoas só mudam por vontade própria e nunca pelo pedido de outra pessoa. Acredito que tudo que eu acredito hoje vai mudar com o tempo. E que no futuro, talvez, eu acredite em menos coisa. Ou em nada mais."

(Clarice Linspector)

terça-feira, 23 de outubro de 2012



Se eu subisse na balança agora ela diria que eu estou mais leve, porque o meu coração está em paz!
Obrigada Deus!


segunda-feira, 22 de outubro de 2012





Vez em quando ela pensava “preciso me apaixonar, preciso de um amor de verdade”, mas ao pensar no amor, ela lembrou que amor rima com dor. Será que dava para amar sem sofrer?
Entre um pensamento e outro, entre o medo e o sonho, ela achava que talvez valesse a pena. Na vida tudo era risco, nada poderia ser 100% erro nem 100% acerto era preciso arriscar.
Mas no momento o único risco que ela desejava correr era o de ser amada. Fazia tempo que não se sentia assim, nem se lembrava do quanto.
Pensou no sonho da noite anterior, na alegria que sentiu enquanto sonhava. Quando acordou percebeu a verdade, ela realmente desejava aquilo.
Quem sabe as decepções do dia-a-dia, as mágoas e os enganos com as pessoas a tivessem feito esquecer por algum tempo, mas ontem o seu inconsciente trouxe à tona o que estava adormecido.
Então, ela sonhou mais uma vez (agora acordada), desejou muito em pensamento e dentro do coração. Sua hora iria chegar...

 

De volta

De volta a rotina, ao trabalho, querendo um pouquinho mais de descanso, mas não sendo possível, fico grata pelos dias que se passaram, pelas horas de sono a mais, pelos passeios, pela convivência com o os amigos e pelo meu emprego. Num país com milhares de desempregados, eu posso me sentir feliz por ter um emprego me esperando de braços abertos... rsrs!
Tentar me adaptar ao horário de verão também, ufa! Essa é minha nada mole vida!




Caldas Novas
 
 
Encontro das Águas (Chapada dos Veadeiros)


Vale da lua (Chapada dos Veadeiros)

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

 
 
Quinze "curtos" mas,  merecidos dias de férias.
Eu vou, mas eu volto!

sexta-feira, 28 de setembro de 2012



"Sentiria saudades sua até sem te conhecer"
 
(do filme *Muito bem Acompanhada)



... gosto de escrever frases e deixá-las soltas por aí. Gosto de fazer as pessoas pensarem que é para alguém ou por alguém...
(se for, eu ainda não conheci)

A solidão amiga

A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...

Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida.

Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, “parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis“. A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: “Como se comporta a Sua Solidão?“ Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.

Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: “Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você.“ Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.

Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim:

“Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.!“

Nietzsche também tinha a solidão como sua companheira. Sozinho, doente, tinha enxaquecas terríveis que duravam três dias e o deixavam cego. Ele tirava suas alegrias de longas caminhadas pelas montanhas, da música e de uns poucos livros que ele amava. Eis aí três companheiras maravilhosas! Vejo, frequentemente, pessoas que caminham por razões da saúde. Incapazes de caminhar sozinhas, vão aos pares, aos bandos. E vão falando, falando, sem ver o mundo maravilhoso que as cerca. Falam porque não suportariam caminhar sozinhas. E, por isso mesmo, perdem a maior alegria das caminhadas, que é a alegria de estar em comunhão com a natureza. Elas não vêem as árvores, nem as flores, nem as nuvens e nem sentem o vento. Que troca infeliz! Trocam as vozes do silêncio pelo falatório vulgar. Se estivessem a sós com a natureza, em silêncio, sua solidão tornaria possível que elas ouvissem o que a natureza tem a dizer. O estar juntos não quer dizer comunhão. O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de solidão, um artifício para evitar o contato conosco mesmos. Sartre chegou ao ponto de dizer que “o inferno é o outro.“ Sobre isso, quem sabe, conversaremos outro dia... Mas, voltando a Nietzsche, eis o que ele escreveu sobre a sua solidão:

“Ó solidão! Solidão, meu lar!... Tua voz – ela me fala com ternura e felicidade! Não discutimos, não queixamos e muitas vezes caminhamos juntos através de portas abertas. Pois onde quer que estás, ali as coisas são abertas e luminosas. E até mesmo as horas caminham com pés saltitantes.

Ali as palavras e os tempos
poemas de todo o ser se abrem diante de mim. Ali todo ser deseja transformar-se em palavra, e toda mudança pede para aprender de mim a falar.“

E o Vinícius? Você se lembra do seu poema O operário em construção? Vivia o operário em meio a muita gente, trabalhando, falando. E enquanto ele trabalhava e falava ele nada via, nada compreendia. Mas aconteceu que, “certo dia, à mesa, ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao constatar assombrado que tudo naquela casa – garrafa, prato, facão – era ele que os fazia, ele, um humilde operário, um operário em construção (...) Ah! Homens de pensamento, não sabereis nunca o quando aquele humilde operário soube naquele momento! Naquela casa vazia que ele mesmo levantara, um mundo novo nascia de que nem sequer suspeitava. O operário emocionado olhou sua própria mão, sua rude mão de operário, e olhando bem para ela teve um segundo a impressão de que não havia no mundo coisa que fosse mais bela. Foi dentro da compreensão desse instante solitário que, tal sua construção, cresceu também o operário. (...) E o operário adquiriu uma nova dimensão: a dimensão da poesia.“

Rainer Maria Rilke, um dos poetas mais solitários e densos que conheço, disse o seguinte: “As obras de arte são de uma solidão infinita.“ É na solidão que elas são geradas. Foi na casa vazia, num momento solitário, que o operário viu o mundo pela primeira vez e se transformou em poeta.

E me lembro também de Cecília Meireles, tão lindamente descrita por Drummond:

“...Não me parecia criatura inquestionavelmente real; e por mais que aferisse os traços positivos de sua presença entre nós, marcada por gestos de cortesia e sociabilidade, restava-me a impressão de que ela não estava onde nós a víamos... Distância, exílio e viagem transpareciam no seu sorriso benevolente? Por onde erraria a verdadeira Cecília...“

Sim, lá estava ela delicadamente entre os outros, participando de um jogo de relações gregárias que a delicadeza a obrigava a jogar. Mas a verdadeira Cecília estava longe, muito longe, num lugar onde ela estava irremediavelmente sozinha.

O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...

A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada ) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira.

Mas essa conversa não acabou: vou falar depois sobre os companheiros que fazem minha solidão feliz.

(Texto de Rubem Alves)

terça-feira, 25 de setembro de 2012


Eu
    quero
       a sorte
          de um
             amor
                 tranquilo
                     com sabor
                         de fruta
                             mordida..

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Algumas pessoas quanto mais ganham menos parecem ter, mais vazias vão ficando.
Juntam tanto para um dia deixar tudo espalhado por aí...
Vivem uma felicidade a conta gotas.
Num dia estão sorrindo, em outro apáticas.
" O pouco com Deus é muito, o muito sem Deus é nada."

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Sabe do que eu sinto saudades?



Ao fechar os olhos sinto cada onda indo e vindo, trazendo lembranças de momentos que jamais poderei esquecer, porque foram intensos demais e já estão tatuados na minha memória e na minha alma.
Essas lembranças me fazem sorrir apesar da saudade que vem acompanhada.
Doces lembranças não devem ser esquecidas em um fundo de gaveta, devem ser revistas sempre que possível, trazendo a brisa refrescante de algo que já passou, mas que parece tão presente...



Esse incômodo eu já conheço e sei que ele passa, não importa
quanto tempo dure, sei que ele passa.
Os protagonistas e antagonistas desta história também
perderão sua importância, serão como bonequinhos esquecidos na estante cobertos
pela poeira do tempo.
O fato, o ato, o retrato, tudo ficará para trás. Vidas serão
mudadas, outras continuarão como estão.
Novas conquistas, novos desafios, causas perdidas, conversas
jogadas fora. No final tudo perderá ou ganhará um sentido.
E a todas estas coisas somente um remédio, o tempo...


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Quando...

Quanto vires as grandes tempestades não tenha medo, pior são
os nunca a viram passar.

Quando te sentires abandonado pelos amigos não chore, pior
são os que nunca tiveram um.

Quando te sentires cansado em meio ao caos não desanime, pior
são os que nada fazem e não tem do que se cansar.

Quanto vierem os dias de solidão não sofra, pior é aquele que
se sente só em muito a uma multidão.

Quando palavras contrárias vierem te confrontar não desista,
pior é não ter pra quem contar os sonhos.

Quando tudo parecer improvável não pare, pior é não ter a
ousadia para lutar e conquistar o impossível.

Quando as noites parecerem muito longas não se apavore, é em
meio à escuridão que as estrelas brilham mais.

Quando o sol parecer escaldante demais não esmoreça, é em
meio ao deserto que um simples copo de água pode ser a maior felicidade.

Quando tudo e todos parecerem longe não se aflija, olhe para
dentro de si e sinta a força interior que há dentro de você.

Quando os seus sonhos parecerem altos demais continue sonhando,
pois é a esperança de que eles um dia se realizem que te leva a cada dia ao
encontro do seu destino...






Preciso de algo que me sacuda a alma...

Algo bom (de preferência).


Nando Reis e Os Infernais - Você pediu e eu já vou daqui




♫ E quando um dia isso acontecer
De você querer voltar pra mim
O meu perdão eu vou saber lhe dar
E jamais eu direi, que um dia
você conseguiu me magoar...♫

quarta-feira, 5 de setembro de 2012


Terminado o filme, a legenda começou a subir. Enquanto cada letrinha aparecia na tela, lágrimas rolavam dos seus olhos acompanhando o compasso da música final.
Apesar das falhas que ela sempre encontrava em cada comédia romântica que assistia, em cada romance, em cada filme de ação, o final parecia sempre previsível. Tudo se encaixava na hora exata. Era isso que a perturbava, porque na vida real não era assim.
Os filmes, as novelas, os seriados sempre deixavam os personagens na dúvida, porque eles tinham duas opções ou até mais às vezes, mas a realidade não era assim, na vida dela não era assim. Ela não tinha opção, não tinha escolha. Tudo o que restava a ela era aceitar a situação, o momento que estava passando.
E aí ela se perguntava: para que servem os contos de fadas, as histórias de amor eterno, os príncipes encantados, as princesas, a gata borralheira?... Senão para machucar as pessoas reais, as pessoas sofridas e solitárias que existiam nos quatro cantos do mundo?
Esses contos não embalam sonhos, eles na verdade mostravam a triste realidade de quem não sabe se um dia será feliz. Essas lendas mistificavam ainda mais aquela tão sonhada e desejada palavra chamada “felicidade”.



terça-feira, 4 de setembro de 2012

(Re)encontro



Ela sempre foi assim, não se importava com a opinião alheia, quando queria algo ia lá e fazia.
Sem pensar duas vezes e com o coração a sair pela boca fez o convite. Como ela esperava, ele aceitou. Combinaram o horário, aonde iriam acertariam depois.
As horas foram generosas e passaram logo, sua cabeça não parava de pensar como iria agir. Faziam
alguns meses que não se viam, que não se tocavam, sentia-se como uma adolescente, essa sensação de adrenalina a empolgava.
Era uma mulher decidida e envolvente, sabia como ofender, mas também sabia agradar. Vaidoso como ele era, bastaram as palavras certas para que o seu ego inflasse, para que ele se sentisse dono dela outra vez. Por dentro ela ria, gostava desse efeito que causava nele. Afinal de contas ela sabia exatamente quem estava no controle da situação. Ah! Os homens... Será que nunca perceberiam que ao lado da astúcia de uma mulher nunca passariam de meros garotos?
Ela arrumou-se, colocou um vestido que caia bem em seu corpo e combinava com a temperatura daquela noite quente, de lua gigante. Terminado os últimos detalhes, era hora de ligar e dizer que estava pronta. Começou a suar, seu coração palpitava. De novo aquela sensação de ser ainda uma inexperiente adolescente. Repassou mais uma vez o que fazer.
Ele chegou. Sorriram um sorriso tímido, ambos pareciam constrangidos.
Chegando ao local combinado a temperatura parecia subir cada vez mais, tanto fora quanto dentro dela. Era hora de (re)viver tudo o que ela tanto desejara.
Esqueceram a timidez e entregaram-se um ao outro, tudo ali era beijo, pele, calor, suor, saudade. O tempo passou rápido, parecia querer roubar-lhe aqueles instantes. Mas eles aproveitaram-se, sorriram, conversaram. Chegado o momento de ir embora, vestiram-se, era hora de voltar à realidade.
Na despedida beijaram-se. Sem deixar nada combinado, sem saber se haveria outro encontro,
outra chance, nada. Ao vê-lo partir ela pensou: O pouco que temos é tudo que nos resta.
Dormiu feliz, amanhã seria outro dia...







Maria Bethania - Tá combinado




é tudo só brincadeira e verdade...

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O tempo de Deus

Um excelente nadador tinha o costume de correr até a água e de molhar somente o dedão do péantes de qualquer mergulho. Uma pessoa intrigada com aquele comportamento perguntou-lhe qual a razão daquele hábito. O nadador sorriu, e respondeu: - Há alguns anos eu era um professor de natação que ensinava a nadar e a saltar do trampolim.
Certa noite, eu não conseguia dormir, e fui até a piscina para nadar um pouco. Não acendi aluz, pois a lua brilhava através do teto de vidro do clube.
Quando eu estava no trampolim, vi minha sombra na parede da frente. Com os braços abertos, minha imagem formava uma magnífica cruz.
Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando minha imagem. Nesse momento pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu significado.
Eu não era um cristão, mas quando criança aprendi que Jesus tinha morrido na cruz para nossalvar pelo seu precioso sangue.
Naquele momento, as palavras daquele ensinamento me vieram à mente e me fizeram recordar do que eu havia aprendido sobre a morte de Jesus. Não sei quanto tempo fiquei ali parado com os braços estendidos. E continuou relatando: - Finalmente, desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água.
Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso do fundo da piscina.
Haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido.
Tremi todo, e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado seria meu último salto.
Naquela noite a imagem da cruz na parede salvou a minha vida. Fiquei tão agradecido a Deus, que ajoelhei na beira da piscina, confessei os meus pecados eme entreguei a Ele, consciente de que foi exatamente em uma cruz que Jesus morreu para me salvar.
Naquela noite, fui salvo duas vezes e, para nunca mais me esquecer, sempre que vou até a piscina molho o dedão do pé antes de saltar na água...
Deus tem um plano na vida de cada um de nós e não adianta querermos apressar ou retardar os acontecimentos, pois tudo acontecerá no seu devido tempo, e esse tempo é o"Tempo de Deus", e não o nosso!

Se agosto é o mês do desgosto, que setembro seja o mês do bom gosto!
Vamos em frente porque o show tem que continuar!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Algumas pessoas são extremamente criativas...em contra partida, extremamente chatas!

Vi, não vivi
Não senti onda por ti, não senti
Nem o menor apetite
Não senti o tremelique ♫
Encontrando aquele idiota do passado, sim, porque agora você pode se dar o luxo de enxergá-lo e chamá-lo assim. Você olha e se pergunta como foi que pude me desgastar tanto? Como pude um dia achar que sem o tal não viveria?
Quantas noites de insônia amarguei, quantas lágrimas derramei, quantas vezes falei, falei e falei sobre o tal com as amigas, dizendo que não aguentaria, que iria morrrer...
Ah! As desilusões!!
Analisando tudo isso, hoje a gente sorri, pensa e agradece, ainda bem que passa!!!!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Universo


Pensei nos dias de chuva, como são agradáveis para dormir, sem falar naquele cheirinho de terra molhada, da pureza que o ar fica depois de uma boa e longa chuva. Desejo que eles voltem, faz um tempo que não chove, a terra está ressecada, as queimadas estão por todos os lados, o ar está pesado, difícil para respirar. Em alguns momentos de nossas vidas ficamos como terra sem chuva, vamos ressecando, trincando e muitas vezes sentimos certa dificuldade para respirar, porque nosso peito aperta, nossa alma grita por água, pois ela se encontra sedenta. Nosso interior também precisa ser nutrido e alimentado. Assim como nosso corpo e nosso planeta, nossa alma precisa de cuidados. É incrível como tudo está ligado o tempo todo. Tudo no universo se comunica direta ou indiretamente. Sendo assim, quando algo dentro de nós não vai bem, isso é refletido por fora. O contrário também acontece. Gosto daquela frase filosófica que diz: “existe muito mais entre o céu e a Terra do que julga a nossa vã filosofia”. Escolher entre o positivo e o negativo, entre o bem e o mal, entre o que nos agrada e o que é necessário, tudo isso dever ser avaliado. Haverá coisas que nunca entenderemos e haverá aquelas pelas quais optamos. Dúvidas sempre haverá pelo caminho, mas o privilégio de escolher só faz parte do universo humano. Certa vez li em um livro algo que dizia: “quando você deseja algo o universo inteiro conspira em seu favor”. Então, que assim seja!






terça-feira, 28 de agosto de 2012

Uma carta pra Deus


Eu só queria te perguntar: Ainda dá tempo de ser feliz?



A gente precisa ser honesto para assumir os nossos erros e as nossas culpas, mas infelizmente algumas vezes, usamos uma ou outra desculpa para encobrí-los. Mesmo assim chega uma hora em que é preciso cair na real e mudar tudo, a gosto ou contra gosto. Cabendo a nós e não aos outros fazer o que é preciso ser feito.
Uma vez escutei uma frase que dizia assim: "tire de sua vida tudo aquilo que te faz permanecer no erro".
Ontem prometi a mim e a Deus tirar algumas coisas que não estão legais em minha vida e a primeira delas é a bebida alcoolica, sei que muitos vão dizer que é bobagem, que não precisa tanto, que pode ser uma vez ou outra, mas a minha decisão está tomada. Pode ser que sem ele eu não resolva todos os meus problemas, em contra partida, sei que deixarei de arrumar outros...
Então é isso, comece uma longa caminhada dando o primeiro passo.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012





Cada pessoa tem o seu fundo do poço.
Os motivos e as razões podem ser diferentes, mas a sensação de esgotamento emocional
que ele provoca, acho que é igual.
Hoje eu caí no meu fundo do poço. Como pessoa e como mulher eu não poderia estar
pior. Cheguei ao meu limite e ultrapassei todos os limites.
Hoje sei no sentido literal da palavra o que é o peso da consciência. Ela pesa
muito, muito, muito!!!
Já que a minha cabeça e o meu coração são duros o bastante para cair no erro e para
fazer burradas, eles terão que ser duros também para não aceitar essa condição.
Apesar dos dias que já passaram e das coisas que não tem mais concerto, hoje é o dia
para mudar. Um novo sol raiou para todos, bons e ruins, certos e errados. Caberá
a cada um decidir o que fazer dele.
Cabe a mim sair desse poço, já que fui eu quem se jogou dentro dele...

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Hoje e não amanhã...


Prefiro que partilhes comigo uns poucos minutos,
agora que estou vivo, e não uma noite inteira, quando eu morrrer.

Prefiro que apertes suavemente a minha mão agora que estou vivo,
e não apoies o teu corpo sobre mim, quando eu morrer.

Prefiro que faças uma só chamada agora que estou vivo,
e não faças uma inesperada viagem, quando eu morrer...

Prefiro que me ofereças uma só flor agora que estou vivo,
e não me envies um formoso ramo, quando eu morrer...

Prefiro que elevemos ao céu uma oração agora que estou vivo,
e não uma missa cantada e celebrada quando eu morrer...

Prefiro que me digas umas palavras de alento agora que estou vivo,
e não um dilacerante poema, quando eu morrer.

Prefiro escutar um só acorde de guitarra agora que estou vivo,
e não uma comovedora serenata quando eu morrer.

Prefiro que me dediques uma leve prece agora que estou vivo,
e não um político epitáfio sobre a minha tumba quando eu morrer.

Prefiro desfrutar de todos os mínimos detalhes agora que estou vivo,
e não de grandes manifestações quando eu morrer...

Prefiro escutar-te um pouco nervosa dizendo o que sentes por mim agora que
estou vivo, e não um grande lamento porque não o disseste a tempo, e agora
estou morto...
(autor desconhecido)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Sonho

Tentando descontrair aquilo que me contrai o peito e o estômago...
A saudade que me atravessa é a mesma que me rouba os sonhos.
Enquanto acordada estou sempre alerta, mas quando durmo, ela me assalta.
É em meus sonhos que ela encontra brechas.
Na inércia do meu corpo e do meu inconsciente ela ganha vida.
Como um viajante do deserto que no ápice do seu delírio enxerga um oásis, no ápice
dessa saudade você volta dizendo às palavras que eu gostaria de ouvir, satisfazendo os anseios do meu corpo e do meu coração.
Frustrado, o viajante percebe que era só uma miragem.
Desiludida, percebo que era só um sonho...


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Amigos para sempre




Eu sempre tiro ou roubo um pouco do meu tempopara escrever. Acabo de lembrar que você havia me pedido para escrever algosobre você. Então vamos lá, o papel agora é seu, o pensamento e as palavras.
Você é oamigo que eu deveria ter conhecido antes, na infância quem sabe, mas a vida nosleva por caminhos diferentes e nos une as pessoas quando menos esperamos. Quandote conheci não tive dúvidas, foi paixão à primeira vista. Gostei de cara, doseu jeito, do seu sorriso, de tudo, tudo mesmo.
O tempo foipassando e a paixão não diminuiu, apenas transformou-se. Sim, hoje ainda souapaixonada por você, mas de uma forma mais segura, mais adulta, menos egoísta emenos pretensiosa. E isso é bom. A gente se ama, a gente se odeia, a gentebriga e briga muito, mais depois volta. Arrependidos pedimos desculpas e tudosegue como se nada tivesse acontecido.
Fico meperguntando se já nos conhecemos de outras vidas (apesar de você saber que nãoacredito nisso, rsrs). Tem horas que parece até engraçado, parecemos irmãos,namorados, ou mais que isso. Ninguém entende, nem a gente mesmo, mas o quesabemos é que nos gostamos muito, de graça e isso basta.
Há poucovocê fez uma daquelas brincadeiras que me irritam (quase tudo me irrita, rsrs)e aí perdi a calma na hora, foi instantâneo. Você começou a rir e voltou só pramostrar que estava me zuando, aí eu sorri também. Viu? É assim, a gente nãoconsegue manter por muito tempo o estresse e nem a calma, mas no final tudo seajeita.
Pra terminar,vou deixar um trecho das inúmeras músicas que a gente gosta, que a gente cantajunto, que a gente curte e que faz lembrar um do outro...

♫ não precisa mudar, vou me adaptar ao seu jeito, seuscostumes seus defeitos, sem deixar nenhuma mágoa, sem cobrar nada. Não precisa mudarvou saber fazer o seu jogo, saber tudo do seu gosto, seus ciúmes suas caras,pra que mudá-las? Se eu sei que no final fica tudo bem, a gente se ajeita numacama pequena, te faço um poema, te cubro de amor...♫

É isso, você é “meu amigo de fé, meu irmão camarada”.Desculpa pelo meu jeito doido de ser, saiba que você é muito especial pra mim,amo você do meu jeito, mas amo!!! Bjos!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A porta fechou

Ela pensou uma, duas, três vezes. Estava em suas mãos chaves, cadeados, controle do alarme, armadilhas e arames farpados para trancar tudo. Sim, ela decidira trancar todas as portas e frestas que possibilitassem outro saque. Já havia passado por isso tantas vezes e quase sempre da mesma forma, pelo mesmo malfeitor. Tinha consigo a culpa de saber que ela era a maior responsável por aquilo, por não ter se protegido antes e por muitas vezes facilitar tais ações, deixando as portas abertas.

Não queria ser roubada de novo. Arrumava tudo com cuidado, juntava aos poucos suas coisinhas, não tinha muito, mas algum valor mantinha consigo. E aí, despercebida ou negligente talvez, era tomada de assalto. Ele entrava pela porta ou pelas brechas que ela deixava e a invadia, fazia-se acreditar que dessa vez seria diferente. Dizia que ficaria. Que precisava dela, que sem ela não poderia viver e tantas outras promessas em vão.
Outra vez ela cedia. Fechava os olhos e deixava-se levar pelas palavras, pelos gestos, pela mão leve, pela boca quente, pelo cheiro e pelos olhos daquele que a trairia mais uma vez. Quem poderia julgá-la? Somente sua consciência quando ele partisse deixando-a em prantos e desprovida, levando embora tudo que tinha conseguido juntar com tanto esforço.

Quem olhasse poderia pensar: - Que ingênua! Mas ingênua ela não era, nunca fora. No fundo acho que ela até gostava. Era um misto de prazer e aventura que alimentava dentro de si e que ninguém poderia entender. Nem mesmo ela. Nem mesmo ele. Chegava a perguntar-se até onde seria capaz de ir, até quando se coloraria a prova...
Olhou em suas mãos as chaves e os cadeados, as poucas armas que dispunha para fechar de uma vez por todas sua casa, seu portão e seu mundo. Era agora e não amanhã, nem depois, nem nunca, era agora. Ainda dava tempo. Podia sentir no vento o prenúncio de que algo estava para acontecer, essa sensação ela já conhecia. O cheiro dele parecia estar no ar chegando de leve, mas em breve tomaria conta de tudo, inclusive de sua mente.

Decidida seguiu em frente, trancou-se. Não adiantava bater, ela não iria abrir!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Amado - Vanessa da Mata


"Amo a liberdade, por isso, tudo que amo deixo livre.
Se voltar, me pertence.
Se não voltar, nunca me pertenceu..."

Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
(você nunca foi meu, talvez nunca tenha sido de ninguém)

Fico desejando nós gastando o mar
Pôr-do-sol, postal, mais ninguém
(mesmo assim, desejei que os dias bons durassem uma eternidade, mesmo assim, acreditei que poderia dar certo)

Peço tanto a Deus
Para lhe esquecer
Mas só de pedir me lembro
(em vão é tentar esquecer, quanto mais se esquece, mais se lembra)

Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus
(tudo em mim seria teu, o melhor e o pior de mim)

Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais
(dessa vez digo que será diferente, nada de olhar no retrovisor, apenas partir, deixando para trás o que já passou)

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
(e o tempo tem passado com, ou sem você)

Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
(tudo pode acontecer inclusive, eu esquecer você. E não é que já está acontecendo?)

Sinto absoluto o dom de existir,
Não há solidão, nem pena
(sem dó nem piedade de mim ou de você, é preciso viver o luto se assim ele existir)

Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina
(às vezes me sinto morta, às vezes me sinto viva)

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
(tanto tempo em tão pouco tempo)
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer


(tudo pode mesmo acontecer, ou quase tudo)
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você


(não compensa entrar na dança depois que a música parou...)