"E eu não espero que me vejam por dentro, desejo apenas que não me julguem pelo que veem por fora." (Monalisa Macedo)

















segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A fonte


Ela pensou que ele a saciaria, pensou encontrar nele um oásis.
Pensava que sem ele as palavras secariam.
Com o tempo percebeu que a imensa vontade de ser,
de sentir e de viver que existia dentro dela era sua real necessidade.
E ele, o que era então?
Apenas um viajante. Sim, ele estava de passagem.
E como todo viajante cansado de andar, parou ali,
naquelas àguas para saciar sua sede.
Não se demorou, apenas bebeu um pouco e seguiu.
Dentre pouco tempo sentiria sede outra vez.
Mas ela continuaria ali, a dar de beber a todos que quisessem se refrescar
com suas doces palavras, seus doces encantos.
Com o tempo percebeu, era ela (estava nela) a fonte...

Um comentário:

  1. Lindíssimo! Lindíssimo! Parabéns!

    Para um beduíno no deserto, cada fonte se torna única, posto que sem ela a caminhada não seria possível.
    Para a fonte, cada beduíno é único, pois a alegria de sua essência está em ser tocada, sorvida, mergulhada em cada uma de sua moléculas e inundar de vida as mãos, o rosto, a boca, o corpo do sedento viajante.

    Uma terça de cristalina fonte saindo de ti!

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